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José Adilson da Silva, pai de Ana Paula, pede que os culpados sejam punidos
José Adilson da Silva, pai de Ana Paula, pede que os culpados sejam punidos

MG – Julgamento dos 06 PMs acusados de tentativa de assassinato deve durar até quarta

Deve se estender até a próxima quarta-feira (16) o julgamento de seis policiais militares acusados de tentativa de homicídio contra três pessoas em fevereiro de 2004 durante um cerco policial na rodovia MG10, próximo a Pedro Leopoldo, na região Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas foram atingidas após uma perseguição a suspeitos de um roubo. A comerciante Ana Paula Nápoles Silva, de 27 anos, foi baleada na nuca e morreu. Após decisão do Tribunal de Justiça, ficou definido que, não sendo possível determinar qual dos projéteis atingiu a comerciante, os réus devem responder pelo crime de tentativa de homicídio.
 
José Adilson da Silva, pai de Ana Paula, pede que os culpados sejam punidos
José Adilson da Silva, pai de Ana Paula, pede que os culpados sejam punidos

O julgamento começou na manhã de desta segunda-feira (14) e deve ser suspenso por volta das 20h. Durante todo o dia foram ouvidas testemunhas que estavam no local no momento do tiroteio. As pessoas não souberam precisar de onde os tiros partiram, já que o local estava escuro. O que algumas pessoas que estavam no carro da comerciante alegaram é que eles foram parados pelos militares que os obrigaram a descer do veículo, mas não informaram para onde deveriam ir e não deram nenhuma proteção para o grupo.

 
Familiares de Ana Paula acompanham o júri popular que acontece no Fórum de Vespasiano, na região metropolitana. Apesar de o crime ter ocorrido há 10 anos, o pai da vítima ainda tem esperança em uma condenação dos culpados. “Espero que depois de todo esse tempo a justiça seja feita. Acredito que a própria Polícia Militar não queira ter esse tipo de gente fazendo parte da corporação”, afirmou José Adílson da Silva, de 66 anos.
 
Os trabalhos serão retomados na manhã desta terça-feira (15). Os policiais Renato Loscha, Claudinei Cassemiro, José Luiz da Silva, Marcílio Ramos Júnior, Robson Balbino Leonardi e Edson Simonal Martins respondem pelo crime em liberdade.