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MG - Metade das adolescentes mineiras ainda não recebeu segunda dose da vacina contra HPV
MG - Metade das adolescentes mineiras ainda não recebeu segunda dose da vacina contra HPV

MG – Metade das adolescentes mineiras ainda não recebeu segunda dose da vacina contra HPV

Apenas metade das adolescentes mineiras, entre 11 a 13 anos, receberam a segunda dose da vacina contra  o HPV (Papiloma Vírus Humano), que provoca o câncer do colo do útero. Segundo o Ministério da Saúde, em Minas Gerais, foram vacinadas cerca de 267,9 mil adolescentes, 55,3% do público total.
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MG – Metade das adolescentes mineiras ainda não recebeu segunda dose da vacina contra HPV

Para garantir 100% de proteção contra o HPV, as meninas precisam tomar todas as doses previstas na vacinação: a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos depois. No Brasil, mais de 2,2 milhões de adolescentes tomaram a segunda dose da vacina desde 1 de setembro. O número representa 45% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas.

A vacina faz parte do Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível durante todo o ano nos postos de vacinação. No entanto, o Ministério da Saúde alerta que as adolescentes devem seguir o cronograma de intervalo entre uma dose e outra.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é preciso convocar os responsáveis pelas adolescentes para que levem as meninas até os postos de saúde para tomarem a segunda dose. “Eu peço para que as mães, avós, responsáveis por meninas de 11 a 13 anos, não deixem de levá-las para vacinar. A primeira dose sozinha não protege contra o vírus. Por isso, é fundamental tomar a segunda dose. O Ministério da Saúde garante a segurança da vacina. Atualmente, ela é utilizada em mais de cinquenta países, com cerca de 175 milhões de doses aplicadas. Vacinar contra o HPV é um gesto de amor e proteção pelas meninas do nosso país”, enfatiza.
A segurança da vacina é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a conclusão dos casos de efeitos adversos registrados no Brasil só reforça a segurança. “O desfecho desses casos, sem qualquer lesão ou sequela, é uma comprovação que a vacina é segura” salienta, lembrando que muitas reações são psicológicas, comuns em vacinação em ambientes fechados como escolas, quarteis e trabalhos.
Para o secretário, a meta de vacinar 80% das meninas no Brasil será alcançada. “Eu não creio que as famílias vão perder esta oportunidade. É sempre bom lembrar que, apesar dos avanços na redução das mortes por câncer do colo do útero no Brasil, 14 mulheres morrem todos os dias com esse tipo de câncer no país”, enfatiza
Neste ano, são vacinadas as adolescentes do primeiro grupo, de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de nove a 11 anos e, em 2016, as meninas de nove anos.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.  Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.