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Saúde – Riscos de doenças cardíacas aumentam com o frio

Segundo a Associação Americana do Coração (American Heart Association), o inverno aumenta de 20% a 25% a incidência de doenças cardiovasculares. O cardiologista Maquieden Durães Viriato, médico do SAMU Macro Norte, explica que o frio ocasiona vasoconstricção, que é contração dos vasos sanguíneos, aumentando os riscos de problemas cardíacos, principalmente para as pessoas que já apresentam alguma predisposição ou que já sofrem de problemas do coração.

Saúde - Riscos de doenças cardíacas aumentam com o frio
Saúde – Riscos de doenças cardíacas aumentam com o frio

O cardiologista explica que no período de baixas temperaturas o organismo precisa trabalhar mais para manter o equilíbrio térmico e, mesmo o sistema cardiovascular e respiratório possuindo mecanismos de adaptação ao frio, pode ocorrer alteração no calibre dos vasos, principalmente das artérias. “A queda da temperatura pode causar isquemia (falta de sangue oxigenado) no músculo cardíaco aumentando as chances de precipitar crises de angina (um tipo de dor no peito) em pacientes portadores de doença coronariana”, explica. De acordo com o cardiologista, as doenças virais, mais recorrentes nessa época, também podem exigir mais do sistema cardiovascular e descompensar pacientes portadores de insuficiência cardíaca, cujo principal sintoma é a falta de ar durante os esforços.

Maquieden diz que para os idosos que possuem doença coronariana o risco é ainda maior. “O frio pode aumentar a tensão arterial e agravar os sintomas da angina, podendo provocar um acidente vascular encefálico ou um infarto do miocárdio”, alerta.

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)

Conhecido como derrame, o AVE é a principal causa de morte no Brasil e uma das maiores causas de acionamento do SAMU Macro Norte, responsável por um terço dos chamados para casos clínicos registrados pela Central de Regulação. De acordo com dados do Ministério da Saúde, após instalado o AVE, 30% dos pacientes morrem, 30% ficam com sequelas graves, 20% com sequelas leves e 20% ficam sem sequelas.

O cardiologista Maquieden Viriato explica que para prevenir o AVE é preciso saber quais os fatores de risco da doença. “Em primeiro lugar, vem o histórico familiar. Pessoas cujos pais ou avós tiveram AVE precisam ter mais cuidado. As doenças de base, chamadas de comorbidades, como hipertensão, diabetes e colesterol elevado, também complicam o quadro. Nestes casos, é preciso combater os fatores de risco e realizar exames específicos com acompanhamento médico”, orienta.

Segundo o cardiologista, estresse, obesidade, tabagismo e sedentarismo são outros fatores de risco e que podem ser evitados. ”Mas existem outros fatores que são inevitáveis, como idade, sexo, raça e genética, que não dependem de nossa vontade”, observa.

Para todos os outros fatores de risco, Maquieden diz que é possível tomar uma atitude de prevenção que exige atenção e um esforço de mudança de hábitos e estilo de vida. “No período de frio, por exemplo, as pessoas geralmente preferem alimentos mais pesados, ricos em gordura, tomam menos líquido e diminuem a frequência das atividades físicas. Essa combinação pode ser perigosa. Para evitar o descontrole dos fatores de risco para doenças cardíaca nesse período o ideal é manter bons hábitos alimentares, consumir bebidas mais quentes e praticar exercícios físicos”, orienta.

Segundo o cardiologista, a possibilidade de tratamento do AVE depende do tempo de atendimento; quanto mais rápido, melhor. “Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser levado imediatamente a um serviço médico de emergência”, recomenda.

DICAS DE PREVENÇÃO

Para prevenir o AVE o cardiologista dá algumas dicas: “Tenha uma alimentação saudável, evitando o consumo de sal em excesso, gorduras e frituras; coma bastante frutas, verduras e fibras; modere a ingestão de bebidas alcoólicas, controle o peso e não fume”.

O médico também recomenda praticar exercícios físicos regularmente, fazer atividades relaxantes como uma caminhada ao ar livre, conversar com amigos, passear com o cachorro para evitar o estresse. Segundo ele, essas atitudes podem reduzir em 60% a chance de um AVE.

As informações são do Samu Macro Norte