Afinal, essa não é a melhor época pra visitar a região, como alertam os guias, blogs equetais. Ainda assim, essas férias que curti por lá na companhia do meu pai foram uma delícia, com muito menos frio e chuva e muito mais paisagens lindas do que eu esperava 🙂
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Passei 12 dias no Chile, país que tinha visitado brevemente em 2010, sendo uma semana circulando de carro pelo sul e os outros dias em Santiago e Valparaíso (além de meio dia pra chegada e meio dia pra saída). E, assim como fiz com minha viagem de trem e carro pela Suíça e Sul da França, começo a série de posts sobre esses destinos com uma geral do roteiro que montei – e que funcionou muito bem, viu?
A região é uma delícia, com muitos lagos – obviamente hehe -, influência da colonização alemã nas comidas e arquitetura, vegetação charmosa, muitas atividades de aventura, termas, cascatas e vulcões. Ok, essa última parte parece um pouco assustadora, né? Ainda mais quando você chega lá, ouve as histórias e vê algumas pilhas de cinzas que ainda restam da erupção do vulcão Calbuco em abril de 2015.
Mas não priemos cânico: de fato, se você der o azar de viajar pra lá na época de uma erupção do Cabulco (que tava quietinho há décadas) ou de outro vulcão como o Villarrica (que também resolveu se agitar recentemente), pode ser afetado pelas cinzas direta ou indiretamente – nem que seja com a interrupção do tráfego aéreo. Mas não se esqueça que um monte de gente vive por ali e leva suas vidas normalmente, então isso é um empecilho pra ir pra lá, exceto em casos bem pontuais.
Pelo contrário: imponentes, os vulcões estão entre as principais atrações da Região dos Lagos, e além de apreciá-los na paisagem (o que é mais difícil no inverno, quando costuma chover e ficar nublado) é possível fazer trilhas e esquiar em alguns deles.
Nos próximos posts vou falar disso e de muito mais coisa legal pra fazer em cada cidade por onde passamos, mas pra começar vai aqui um vídeo meio tosco pra dar um gostinho do que foi essa viagem 🙂 Olha só:
Pra começar, passei um dia e meio em Santiago, numa vibe mais relax. Depois, pegamos um avião pra Puerto Montt, cidade que costuma ser usada como ponto de partida pra explorar a região, e de lá seguimos de carro por sete dias. Alugamos na Avis um carro bem econômico (faz uns 18 km por litro na estrada), o Spark LT, da Chevrolet. Era novinho e confortável; não recomendável pra quem for se meter em lugares estilo rally, obviamente, mas aguentou muitos trancos em nossas aventuras. Obs: atenção na hora de fazer a reserva, porque meu pai contratou o serviço pelo Rental Cars.
e se surpreendeu ao chegar no aeroporto e descobrir que precisava pagar a mais pelo seguro.
Não alugamos GPS; usamos o Waze, no meu celular com chip chileno com pacotes de internet ativados e carregador de carro pra não ficar sem bateria no meio do caminho. Foi supertranquilo ir pra todo canto, até porque as estradas e ruas dessa região são bem conservadas e bem sinalizadas. Fica a dica de manter o carro sempre bem abastecido, porque vimos poucos postos de gasolina. Ah, vale ressaltar também que combustível lá tá caro (uns R$ 4 o litro) e pagamos pedágios pelo caminho (a maioria 2.200 pesos chilenos, o que dá uns R$ 11 no câmbio de hoje).
Sem mais delongas, vamos ao roteiro! Nos mapinhas abaixo e aqui neste link, você vê o que fizemos de carro, e embaixo uma breve descrição dia a dia da viagem completa, onde vou acrescentar links conforme for publicando posts sobre os passeios.
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Dia 1 (sexta-feira):
Recife – São Paulo – Santiago
Aproveitei o primeiro dia pra descansar, colocar crédito no chip de celular chileno, trocar dinheiro (levei Reais mesmo), tomar uma cerveja no Pizza, Pasta e Jazz e jantar no Lima Limón.
*Noite em Santiago
Dia 2 (sábado):
Dia em Santiago:
Museu da Memória e dos Direitos Humanos
Parque Quinta Normal e Museu de História Natural
La Chascona (casa de Neruda)
Pátio Bellavista
*Noite em Santiago
Dia 3 (domingo):
Santiago – Puerto Montt (avião)
Mercado de Angelmó
Puerto Montt – Puerto Varas (carro)
Puerto Varas: Costanera, passeio pela cidade, supermercado, Parque Philippi, jantar no Pimm’s
*Noite em Puerto Varas: hotel Puerta del Lago
Dia 4 (segunda):
Dia de passeio de barco pelo Lago de Todos Los Santos:
Saltos de Petrohué, lago e “safari” + almoço em Peulla
*Noite em Puerto Varas: hotel Puerta del Lago
Dia 5 (terça):
Dia em Frutillar:
Cafetería Duendes del Lago, Costanera, Teatro del Lago, café do teatro, passeio de carro
*Noite em Puerto Varas: hotel Puerta del Lago
Dia 6 (quarta):
Puerto Varas-Valdívia (carro)
Dia em Valdívia: Feira fluvial, passeio de barco, mercado (souvenirs + empanadas), Fuerte Niebla, cervejaria Kunstmann
*Noite em Valdívia: hotel Diego de Almagro
Dia 7 (quinta)
Valdívia – Pucón (carro)
Dia em Pucón: Ojos del Caburgua e Laguna Azul, Parque Florestal, Playa Negra
*Noite em Pucón: hotel Enjoy Pucón – Gran Hotel Pucón
Dia 8 (sexta)
Dia em Pucón e arredores:
Base do Vulcão Villarrica, passeio pela cidade, lanche no Café de la P, Salto de la China, jantar no Cielito Lindo
*Noite em Pucón: hotel Enjoy Pucón – Gran Hotel Pucón
Dia 9 (sábado)
Pucón – Puerto Montt (carro)
Puerto Montt – Santiago (avião)
*Noite em Santiago: Hostal Providencia
Dia 10 (domingo)
Dia em Santiago:
Free walking tour “lado B de Santiago”, almoço no bar em frente ao Cementerio General, passeio pelo Barrio Italia, café Rande Bú, cerveja por Bellavista
*Noite em Santiago: Hostal Providencia
Dia 11 (segunda)
Valparaíso (de ônibus)
Dia em Valparaíso: caminhada, free walking tour e passeio de barco
*Noite em Santiago: Hostal Providencia
Dia 12 (terça)
Dia em Santiago:
Shopping Costanera, walking tour “highlights de Santiago”, bar em Lastarria, exposição no Centro Cultural Gabriela Mistral, passeio por Lastarria
*Noite em Santiago: Hostal Providencia
Dia 13 (quarta)
Manhã em Santiago:
Cerro Santa Lucía, visita a uma amiga
Santiago – São Paulo – Recife
O que você pode fazer diferente:
Voar de Temuco pra Santiago, em vez de voltar pra Puerto Montt: confira os preços dos voos e a possibilidade de devolver o carro alugado nessa cidade, que fica a uns 100 km ao norte de Pucón, pra não ter que fazer o desce-sobe;
Passar uma noite (ou mais) em Valparaíso: pensei em fazer isso, mas mudei de ideia e depois quase que acabo ficando por lá de última hora, só com a roupa do corpo, de tanto que amei a cidade nessa segunda visita;
Ficar mais tempo em Santiago: não é das minhas cidades preferidas e acho que as paisagens mais ~naturais~ do país podem ser mais interessantes, mas tem muita coisa legal pra fazer na capital também;
Descer até a Terra do Fogo: no inverno não vale a pena descer tanto, mas deve ser incrível e é uma das minhas viagens dos sonhos, como falei nesse post;
Ir até Bariloche: dá pra cruzar pelos lagos até a cidade argentina, que fica relativamente perto de Peulla;
Ir pra o norte do Chile: se você tiver mais tempo, vale a pena explorar outras partes do país, como o Atacama;
E muuuuito mais, é claro, já que o país é bem grande e tem muitas atrações incríveis 😉 Pra saber mais sobre o que eu fiz e super recomendo, aguarde próximos posts!
Do Janelas Abertas
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