Levantamento da MOZ projeta futuro do SEO para 2026

Referência global em otimização para motores de busca (SEO), a MOZ divulgou as projeções da área para 2026. O documento inclui a análise de 20 especialistas sobre sete tópicos: visibilidade nos recursos de Inteligência Artificial (IA), estratégia de conteúdo, recursos da SERP, estratégia de busca, relatórios e métricas, marketing de marca e serviços de Digital PR, comércio eletrônico e compras on-line.

Reforçando que “muitos sites sofreram com a queda nos cliques devido aos recursos de busca com IA nos últimos meses”, a Moz cita as mudanças ocorridas e as necessidades de adequação para garantir relevância no ambiente digital. A empresa avalia o lançamento do Modo IA como estratégia competitiva do Google diante da ascensão do ChatGPT. 

Dessa forma, a orientação para 2026 é produzir conteúdos relevantes e que satisfaçam às intenções de busca a fim de garantir visibilidade. O levantamento antecipa que as marcas deverão despertar o reconhecimento e a confiança dos mecanismos de IAs para conquistar alcance. 

O próprio Google afirma já punir sites que distribuem conteúdos genéricos e superficiais sob a justificativa de estarem violando políticas e entregando pouco valor aos usuários.

A CEO da Experta, Flávia Crizanto, concorda que conquistar a confiança dos mecanismos de IA deve estar no radar das empresas para o próximo ano. “Não se trata apenas de mais uma fonte de tráfego. As IAs funcionam como uma espécie de filtro de reputação da marca.”

Nesse sentido, a procura por uma agência de marketing com SEO é uma alternativa para empresas que buscam resultados em um cenário apontado como mais competitivo e marcado pelos comportamentos fragmentados dos usuários.

“O tráfego vindo do Google está amadurecendo, não morrendo”, alerta Crizanto. “As estratégias de SEO precisam acompanhar esse movimento. É preciso criar conteúdo verificável, confiável e de alta qualidade para construir autoridade e ser encontrado pelo Google e pelas IAs. Agora o foco deve ser a encontrabilidade.”

Com a IA, o que muda para o SEO em 2026?

Os especialistas ouvidos pela MOZ acreditam que a IA mudará a entrega de resultados e a distribuição de visibilidade já no início de 2026. O diretor de marketing da iPullRank, Garrett Sussman, aposta que o Modo IA substituirá as tradicionais páginas de resultados de pesquisa (SERPs), e o SEO se transformará em um processo de engenharia de relevância. 

Para ele, os resultados dos motores de busca serão personalizados conforme os padrões armazenados pelas IAs e baseados na intenção de busca do usuário na pesquisa. Assim, métricas antigas, como o rastreamento linear de palavras-chave, irão se tornar “insuficientes”, o que exigirá a produção de conteúdos omnichannel, baseados em personas.

A consultora de SEO e estratégia de conteúdo, Lana Volkov, afirma que a visibilidade das marcas estará condicionada à confiança e à autoridade percebida pelas IAs. Ela prevê a necessidade da criação de relações com influenciadores e editores para fortalecer a credibilidade e conquistar backlinks. Nesse sentido, o trabalho de uma consultoria de linkbuilding pode ser uma estratégia para conquistar links de qualidade para o site da marca. 

“Mídias conquistadas, como menções em redes sociais, avaliações e backlinks de alta qualidade, irão desempenhar um papel fundamental na forma como os modelos de IA e os usuários percebem a sua marca”, justifica Volkov.

Para o consultor de SEO Dave Cousin, a área será marcada pelo avanço dos assistentes robóticos e dos agentes de IA, assim, as marcas deverão garantir que as suas interfaces de programação de aplicações e bancos de dados sejam acessíveis para dispositivos inteligentes.

Já a estrategista de SEO e conteúdo, Olivia Barrow, antecipa que “as marcas que demonstrarem como os seus produtos resolvem problemas específicos sairão vencedoras nas buscas com IA”. 

Estratégias para a produção de conteúdo

O diretor de marketing digital Mark Williams-Cook acredita que o SEO irá se dividir entre conteúdos que acionam ou não o mecanismo que faz as IAs generativas buscarem informações na internet. Para ele, a identificação desses gatilhos guiará a produção.

A vice-presidente de estratégia de conteúdo e inovação da RicketyRoo, Melissa Popp, afirma que “os LLMs se tornarão os novos motores de reconhecimento de marca”, acrescentando que “se a expertise da sua marca não estiver refletida nas respostas deles, você perderá a visibilidade antes mesmo da busca”.

Conteúdos que entregarem informações de alto ganho, imediatas, com títulos simples e parágrafos focados em uma única ideia irão conquistar o melhor desempenho na internet, na avaliação do gerente de marketing da Intellek, Ricci Masero.

Já o gerente sênior de marketing de conteúdo na MOZ, Chima Mmeje, afirma que o SEO em 2026 será fundamentado por conteúdos orientados pela demanda. O especialista acredita que a IA conversacional irá reduzir a taxa de cliques ao entregar respostas completas.

“A narrativa deixará de ser um diferencial para se tornar uma estratégia de conteúdo fundamental, que impulsiona ao sucesso”, complementa a redatora de conteúdo SEO, Chioma Anunobi.  Para ela, a IA é capaz de gerar resumos, mas “não reproduz experiências humanas autênticas. A criação de conexões emocionais poderá tornar a marca memorável”.

Digital PR será uma necessidade

O vice-presidente de receita da MOZ, Jonathan Berthold, antecipa que o SEO se tornará inseparável do marketing e da estratégia omnichannel. Segundo ele, será necessário alinhar as estratégias de otimização com as mídias pagas, o trabalho nas redes sociais e os serviços de Digital PR para garantir que a marca apareça de forma unificada e confiável em todos os pontos de contato.

A estrategista sênior de SEO da Muhlert Digital GmbH, Tina Reis, também acredita que as marcas deverão investir em Digital PR para conquistar citações em veículos com alto índice de autoridade. “Será indispensável para o SEO, porque as ferramentas de IA priorizam a citação de dados originais, insights exclusivos e fontes confiáveis.”

O relatório Human Trust in AI Search: A Large‑Scale Experiment, divulgado em 2025, sinalizou que os usuários tendem a confiar nas respostas geradas por IA, sobretudo quando acompanhadas de links de referência.

Mudanças nas páginas de resultado

O cientista sênior de busca na MOZ, Tom Capper, afirma que será preciso unificar o monitoramento constante das SERPs com o tratamento das análises de IAs e a gestão de conteúdos de topo de funil.

Já o arquiteto de inovação na Moz, Pete Meyers, adianta que o Guia da Web do Google deverá se tornar o formato padrão para consultas informativas. Isso será possível a partir da mistura entre elementos tradicionais de busca e lógicas de IA.

O consultor-técnico Jono Anderson defende que o SEO irá evoluir para uma “otimização de influência”, baseada na construção gradual da reputação da marca. Para a diretora de marketing digital da Vixen Digital, Emina Demiri-Watson, a experiência do usuário (UX), a qualidade dos conteúdos e as mídias pagas deverão estar no centro das atenções em 2026.

O diagnóstico dos resultados

As métricas do SEO dependerão da atualização da sua terminologia, conforme alerta a estrategista de SEO da RicketyRoo, Aimee Jurenka. “IA deixou de operar com foco em palavras-chave e rankings, sendo necessário repensá-los como prompts e entidades temáticas”, destaca a especialista.

A chefe de geração de demanda na Tresorit, Veronika Höller, afirma que a nova métrica do SEO será entender se o conteúdo encerra a necessidade de pesquisa ou não. “Será importante mapear toda a jornada de busca, entregar respostas diretas logo no início do conteúdo e acompanhar o comportamento pós-clique.”

Comércio no ambiente virtual com IA

A previsão da consultora de SEO e fundadora da Marketez, Ramona Joita, é que os assistentes de IA irão conduzir toda a jornada de compra, desde a descoberta até a aquisição. 

Ela concorda que as empresas precisarão ampliar a sua presença por meio do SEO e do trabalho de Digital PR porque as menções de marcas com autoridade alimentam os sistemas de recomendação.

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