A Holanda cancelou o passaporte de 49 pessoas suspeitas de manter atividades jihadistas que tinham viajado à Síria ou ao Iraque, ou estariam planejando fazê-lo, e congelou 12 contas bancárias, confirmou nesta segunda-feira o Ministério da Justiça do país.
As autoridades decidiram cancelar o passaporte de 41 holandeses que retornaram ao país da Síria ou do Iraque e de oito que seguem nas zonas em conflito, disse à Agência Efe o porta-voz do departamento ministerial, Edmond Messchaert.
Messchaert ressaltou que a Holanda cancelou as ajudas sociais de 30 pessoas e congelou também 12 contas bancárias, como havia anunciado no domingo o ministro da Justiça holandês, Ivo Opstelten, em uma entrevista à emissora pública holandesa “WNL”.
O governo holandês antecipou no final de agosto que retiraria o passaporte de seus cidadãos quando existissem “suspeitas razoáveis” que estes mantêm vínculos com atividades criminosas.
O cancelamento de passaportes se dirige contra os chamados “combatentes estrangeiros”, pessoas de nacionalidade europeia – neste caso, holandesa – que viajam para zonas de conflito para somar-se às fileiras de organizações jihadistas como o Estado Islâmico (EI).
Opstelten indicou que 30 pessoas estão sendo investigadas por sua conexão ou apoio às atividades jihadistas, assim como 30 dos 140 holandeses que se sabe que viajaram à Síria e ao Iraque e retornaram ao país.
Dois destes retornados estão detidos, acusados de atividades jihadistas, e 14 dos “combatentes estrangeiros” holandeses teriam morrido em combates nas zonas em conflito.
Agência EFE