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Hortaliças fazem parte do grupo que puxou a inflação do primeiro semestre
Hortaliças fazem parte do grupo que puxou a inflação do primeiro semestre

Planejamento é segredo para driblar a alta dos preços

Hortaliças fazem parte do grupo que puxou a inflação do primeiro semestre
Hortaliças fazem parte do grupo que puxou a inflação do primeiro semestre

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Mudar hábitos em casa é o segredo para quem quer passar pela crise enfrentada pelo Brasil com segurança. De janeiro a junho deste ano, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,17%. O último ano em que a taxa foi tão elevada foi 2003 (6,64%). O índice chega a 8,89% se considerados os 12 meses encerrados em junho. Em 2003, o número foi de 9,3%.

Segundo o economista do Instituto Fecomércio Rafael Ramos, são três grupos que puxam a inflação para cima: habitação, alimentação e bebidas e transportes. “O que pressiona na habitação é a energia, que de janeiro para cá teve acúmulo de mais de 40% [no País]”, explica. Isto se deve pela falta de chuvas e mudanças nas políticas governamentais, de acordo com o economista.

A seca também é responsável pela alta nos preços das hortaliças. “Tem que esperar plantar e colher. A oferta é mínima e a demanda não reduz”, afirma Ramos. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), a cebola foi o item que mais aumentou de preço, com 123,87% de aumento. O alface subiu 50,2% e o tomate, 40,45%. Já o grupo de transportes sofre impacto por causa do preço da gasolina, que subiu 21,4% na RMR desde janeiro.

Para tentar contornar a situação, é preciso mudar alguns hábitos. “Gosto muito de fazer molho de tomate em casa e não estou mais fazendo. Usava 10 tomates, agora só compro para a salada”, revela a empresária Helena Choi, 46 anos. Para economizar na conta de energia, ela decidiu não usar mais serviço de passadeira. “O ferro ficava ligado quase o dia todo, agora só passo as roupas necessárias”, explica.

O empresário José Siqueira, 50, sempre faz lista de compras para não exagerar. “Estou optando por produtos mais baratos em vez das marcas desejadas”, diz. Em casa, ele tira os equipamentos das tomadas e só as luzes do ambiente em que está ficam acesas.

A professora Ana Dias, 60, ainda compra os mesmos produtos, apesar de perceber a alta nos preços. “Enquanto o dinheiro da família der, vamos mantendo o padrão”, explica. A vendedora Silvia de Macêdo, 64, tenta fazer pesquisas de preço para escolher os produtos. “As pessoas em casa tem um gosto muito variado, então nunca faço lista, mas tento ir ao supermercado menos vezes”, diz.

Apesar do cenário atual, os economistas estão otimistas em relação ao segundo semestre do ano. De acordo com Rafael Ramos, é esperada uma desaceleração para julho, quando a inflação deve atingir 0,43%. Em junho de 2015, este número foi de 0,79%, o maior para o mês desde 1996.

Confira as dicas do economista Rafael Ramos para economizar no período:

– Apagar as luzes quando não estiver nos ambientes

– Trocar equipamentos por outros que tenham consumo menor de energia

– Passar a roupa de uma vez só, em vez de aos poucos

– Optar pelo uso do fogão ao invés do microondas

– Optar por colocar água na geladeira em vez de usar bebedouro elétrico

– Ao fazer compras no supermercado, levar lista para evitar comprar produtos desnecessários

– Fazer revezamento entre carro e transporte público para se deslocar

– Reunir grupos para revezar o transporte

– Comprar medicamentos genéricos em vez dos originais

– Ligar para negociar ou trocar serviços como TV paga, internet, entre outros

– Trocar a academia pela prática de exercícios ao ar livre

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