Entenda como cada rodada de investimentos interfere no crescimento de uma startup
O ano de 2021 foi muito positivo para as startups brasileiras. Nunca houve tantos aportes em startups no país, e isso ocorreu devido a um aumento de quase 200% no volume de investimentos captados (segundo dados da Startupi) em rodadas de investimentos no último ano.
Ideias inovadoras precisam de capital para serem implementadas, e essa é a função das rodadas de investimentos. A maioria das startups não possui sócios com capacidade financeira para arcar com o projeto, por isso a saída é buscar dinheiro no mercado.
Com isso, a busca por investidores-anjo, fundos de venture capital e outros potenciais investidores para o negócio é ativa e feita por meio das rodadas de investimentos.
Como funcionam as rodadas de investimento?
Basicamente, as rodadas de investimentos são eventos que buscam juntar sócios de uma startup com potenciais investidores. Há diferentes tipos de estágio nessas rodadas, de acordo com a fase da startup no mercado.
A primeira rodada é a chamada de Pré-Seed, que busca a captação de investimentos para colocar a ideia de uma startup em prática. E passa por rodadas A, B, C, entre outras, que acontecem quando a startup já atua no mercado e busca expandir-se através de novos investimentos.
Aqui, vamos explicar as principais finalidades das rodadas A, B e C e apontar as principais diferenças entre elas. Confira abaixo as finalidades das rodadas A, B e C:
Rodada A
A rodada de Série A acontece quando a startup já tem um modelo de negócios definido e alguma atuação no mercado. Nessa fase, o objetivo é captar investimentos para escalar o negócio, expandindo a produção e a distribuição de suas soluções.
Os investidores buscam por startups com ideias inovadoras e boas estratégias, pensando em lucros futuros. Geralmente, nessa rodada, uma startup consegue captar entre US$ 2 milhões e US$ 20 milhões.
Rodada B
A rodada da Série B indica a consolidação da startup no mercado. Nessa fase, a empresa já conseguiu validar a sua ideia e está em busca de capital para expandir o negócio, buscando fortalecer e aumentar a sua estrutura com mais tecnologia e mão de obra qualificada.
Nesse estágio, a rodada de investimento serve para levar uma startup para o próximo nível, ela passa a ser um negócio que já se provou e busca expandir no mercado. Aqui, os investidores realizam aportes robustos e visam apostar em projetos consolidados. Geralmente, startups captam entre US$ 20 milhões e US$ 60 milhões.
Rodada C
Na rodada de Série C, as startups buscam acelerar o crescimento da empresa. A ideia é buscar expandir internacionalmente para chegar ao sonho de virarem unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão).
Geralmente, as startups aceleram sua expansão com a abertura de IPO (oferta pública de ações), que permite uma maior abrangência de potenciais investidores e a captura de centenas de milhões de dólares em capital novo para o negócio.
Fase da startup no mercado é a principal diferença nas rodadas de investimento
Como podemos perceber, a principal diferença entre as rodadas de investimentos A, B e C é o momento da startup no mercado. Basicamente, cada fase é um avanço em relação a anterior.
Nenhuma startup pula de uma rodada pré-seed para uma rodada C. É preciso passar por todas as etapas do processo. Outra diferença é em relação ao perfil de investidores de cada rodada.
Na rodada A, investidores estão buscando por novas startups que podem “virar” no mercado, nas rodadas B e C, eles buscam aportar capital em projetos já consolidados, que podem gerar lucro com a expansão.
E, claro, também há diferença em relação ao volume de investimentos captados em cada rodada. Em rodadas iniciais, os valores variam entre alguns milhões de dólares e podem chegar a centenas de milhões em rodadas mais avançadas.
Agora, você já conhece as diferenças entre as rodadas de investimento A, B e C. Pessoas que buscam desenvolver uma startup precisam conhecer esses processos a fundo para elaborarem projetos e ideias que tenham o poder de atrair investidores.