Coluna de Leandro Heringer – Inovar é um ato de coragem

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O termo inovação está no cotidiano de pessoas e organizações. Inovar é preciso. Inovar é urgente. É necessário investir em inovação. Mas, o que é inovação? É sinônimo de novas tecnologias?

Primeiramente, é fundamental entender os tipos de inovação. Pode-se inovar algo que já existe? Sim. Um exemplo está nas ruas. Os carros atuais carregam inovações tanto no processo de produção quanto nas tecnologias embarcadas. São inovações incrementais. Agregam valor a um produto ou serviço que á existe.

Mas, inovar não é romper com um modelo? Pode ser também. Peguemos os exemplos dos telefones celulares. No início, seus modelos eram basicamente telefones sem fio com longo alcance. O advento dos smartphones foi revolucionário, disruptivo do ponto de vista da telefonia. Agregou diversas funções a ponto de a função original – fazer e receber ligações- ser mais uma das múltiplas funções essenciais no aparelho.

Então, a inovação é necessariamente ligada à tecnologia? Não. A inovação pode estar ligada a processos. Ao como fazer. Pegue exemplos em organização públicas e privadas. Quantas vezes uma sugestão para fazer algo diferente tem a resposta “Mas, sem foi feito desse jeito”. Reuniões e eventos são alguns dos exemplos. O modo de comunicar é outro.

O ato de comunicar acompanha a história da humanidade. A fala, os desenhos, a escrita, a imprensa, os livros, jornais, rádio, televisão, Internet e plataformas digitais. Vários meios utilizados para a comunicação. Cada um com um jeito, uma linguagem. Os modos de produção e de mensuração do processo comunicacional mudam, atualizam-se, inovam-se.

A linguagem é parte inerente do processo. Como realizar comunicação efetiva para os diversos públicos de uma organização? Como se comunicar em ambientes diferentes? Seja inovação disruptiva ou incremental é necessário inovar na comunicação.

Os públicos não esperam nem desejam a mesma comunicação produzida no século XX. Podem ansiar pela manutenção de princípios e valores, todavia demandam atualização no processo comunicacional. As organizações devem investir em conhecer os públicos, os desejos, as dores e como querem se relacionar com as organizações.

A transparência é uma das exigências mais comuns. A linguagem e a rapidez também são demandas contemporâneas. A política de comunicação deve ser atualizada. Conhecimentos de outras áreas devem ser apropriados e praticados. Inovar não é mais uma opção, mas uma condição para que organizações cumpram suas missões, visões e exponham seus valores.

Para isso, a cultura da inovação deve ser estimulada em todos os ambientes da sociedade. Buscar aprimorar o que existe. Tentar criar novidades aplicáveis. Vivenciar experiências. Não limitar a criatividade. Reinventar-se periodicamente. Desafiar-se. Para isso, não é preciso tecnologia, mas coragem.