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Memórias submersas: As cidades nordestinas que desapareceram debaixo d’água
Memórias submersas: As cidades nordestinas que desapareceram debaixo d’água / Foto: Freepik

Memórias submersas: As cidades nordestinas que desapareceram debaixo d’água

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O Nordeste brasileiro é um mosaico de paisagens e histórias, conhecido por suas praias ensolaradas, sua cultura pulsante e a resiliência de seu povo. No entanto, por trás das belezas óbvias, existe um Nordeste de memórias profundas, onde o progresso moldou o destino de comunidades inteiras. Você sabia que algumas cidades, com suas ruas, praças e vidas cotidianas, foram engolidas pelas águas para dar lugar a grandes empreendimentos? Essa é a história das cidades submersas, um capítulo fascinante e por vezes melancólico da transformação do semiárido. Para desvendar esses mistérios e entender a complexidade dessa região, uma passagem de ônibus pode ser o seu bilhete para uma jornada de descoberta inesquecível.

Barragens e o preço do desenvolvimento

O Nordeste é uma terra de contrastes. Enquanto o litoral se abre para o Atlântico, o interior é cortado por rios monumentais, como o São Francisco, que há séculos é a artéria vital da região. A necessidade de gerar energia elétrica para o crescimento do país e de controlar as cheias e estiagens desses rios levou à construção de grandes barragens hidrelétricas. Essas obras, embora essenciais para o desenvolvimento, trouxeram consigo um impacto humano e social imenso, exigindo que comunidades inteiras fossem realocadas e que suas cidades fossem sacrificadas para dar lugar a imensos lagos artificiais.

O exemplo mais emblemático dessa transformação está na Bacia do Rio São Francisco, especialmente com a construção da Barragem de Itaparica, oficialmente conhecida como Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. Erguida entre os anos 1970 e 1980, essa gigantesca obra de engenharia alterou para sempre a paisagem e a vida de milhares de famílias em Pernambuco e na Bahia. A sua construção resultou na submersão total ou parcial de diversas cidades e vilarejos que pontuavam as margens do Velho Chico.

Cidades submersas, memórias vivas

Entre as cidades que desapareceram sob as águas do Lago de Itaparica, destacam-se Velha Barreiras e Remanso Velho, ambas na Bahia. Barreiras, que antes era uma próspera cidade ribeirinha, pulsava com a vida de seus habitantes, suas igrejas, seu comércio e suas casas. Remanso, com seu porto e sua forte ligação com a pesca e a navegação no rio, também era um centro de atividades e um lar para gerações. Quando a decisão da submersão foi tomada, a dor e a incerteza tomaram conta das comunidades. Os moradores foram transferidos para novas cidades, construídas do zero em locais mais altos, recebendo o nome de “novas” cidades, como Nova Remanso e Nova Barreiras. O processo foi complexo, envolvendo negociações, protestos e muita resiliência por parte da população, que teve que recomeçar suas vidas em um novo ambiente, mas com as raízes e as memórias da velha cidade ainda plantadas na alma.

Outro caso marcante é o de Itacuruba Velha, em Pernambuco. Assim como Barreiras e Remanso, a antiga Itacuruba foi completamente submersa pelo lago de Itaparica. A história de seu povo, que resistiu à inundação, é um testemunho da forte conexão com a terra e suas tradições. A nova Itacuruba foi erguida a alguns quilômetros de distância, tentando recriar a atmosfera da cidade original, mas a imagem da igreja matriz submergida, que por vezes se revela quando o nível da água baixa, serve como um lembrete vívido do que se perdeu.

Viajar para lembrar e transformar

Essas memórias submersas são um legado de transformação e adaptação. As novas cidades floresceram, e as comunidades, com a resiliência típica do Nordeste, reconstruíram suas vidas. No entanto, a nostalgia e as histórias das “cidades velhas” são passadas de geração em geração. Muitos moradores mais antigos ainda contam, com detalhes emocionantes, como era a vida antes da água cobrir suas casas, suas escolas, seus pontos de encontro. Quando os níveis da água diminuem em períodos de seca prolongada, os vestígios das antigas construções podem ressurgir, como fantasmas de um passado não tão distante, oferecendo uma visão melancólica e fascinante da história.

Explorar o Nordeste por essa perspectiva é uma forma de ir além do turismo de massa e mergulhar em narrativas humanas profundas. Visitar Nova Remanso, Nova Barreiras ou a nova Itacuruba hoje é ter a oportunidade de conversar com os moradores, ouvir suas histórias e entender como o progresso molda o destino de um povo. É uma viagem que conecta com a história, a sociologia e a própria essência da resiliência nordestina. E para vivenciar essa jornada, sua passagem de ônibus é a porta de entrada para um turismo de valor.

A Expresso Brasileiro orgulha-se de promover o acesso a todas as nuances do Nordeste. Nossas rotas abrangem diversas cidades do interior, permitindo que você chegue com conforto e segurança a essas regiões que guardam segredos e histórias tão ricas. Seja para explorar a Caatinga viva, as festas juninas autênticas ou as memórias submersas, a passagem de ônibus é a escolha inteligente para sua aventura.

Não perca a chance de conhecer um Nordeste que vai além das praias e dos clichês. Um Nordeste de superação, de histórias marcantes e de uma beleza que se revela em camadas. Adquirir sua passagem de ônibus é o primeiro passo para uma experiência que transformará sua visão sobre essa região tão especial do Brasil. Prepare-se para uma viagem de descobertas e emoções. Sua passagem de ônibus espera por você!

 

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