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Entrevista – Babu Santana; Ator homenageado na 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes

A primeira aparição de Babu nas telas se deu no filme-fenômeno Cidade de Deus (2002), mas foi com Uma Onda no Ar (2002) e As Alegres Comadres (2003) que ele passou a chamar atenção. Diversos títulos se seguiram, como O Homem do Ano (2003), Quase Dois Irmãos (2004) e Estômago (2007), entre vários outros. Em 2014, Babu engordou 15kg para encarnar o cantor Tim Maia na cinebiografia homônima. “Babu foi um Tim empenhado em parecer Tim, visualmente e na performance, procurando o realismo de sua imagem, o acordo entre cinema e a vida motivadora do filme”, comenta o curador Cleber Eduardo. A escolha por Babu Santana se deve especialmente pela trajetória singular do ator, nascido em dezembro de 1981 no Rio de Janeiro. Na maior parte dos filmes nos quais atuou, Babu fez personagens de vivências marginais ou policiais enfezados. “Quase toda sua filmografia lida com narrativas situadas em ambientes em atrito e de risco, com marcas de desigualdade social brasileira. Adilson Cardoso: Alexandre da Silva Santana, porquê Babu Santana? Babu Santana: Bicho, Babu vem desde a adolescência, tinha fama de brigão na escola e a galera me chamava de babuíno pela valentia e sede de intrigas. Quando comecei a tomar juízo diminuíram para Babu e assim o sobrenome do Alexandre se juntou a ele. AC: Como nasceu a vontade de atuar, como surgiu o ator Babu Santana? BS: A vontade foi desde sempre, mas omeçou nos teatrinhos da escola lá pelos 12 anos de idade. Quando fiz 17 anos me falaram para colar com o grupo Nós do Morro que eles teriam alguma coisa para mim, eu era visto como talentoso. Seis meses depois eu estava no elenco de “Abalou “ um musical Funk. Em seguida me convidaram para fazer algumas peças, “Colagem” “Noites do Vidigal” “Burro em Sabo e uma noite de Verão” depois de disso não parei mais. AC: Do Teatro para o cinema como é que aconteceu? BS: A primeira experiência no cinema foi em 2001 quando fui convidado para fazer um curta metragem. Acho que me sai bem e em 2002 veio “Uma onda no ar” com o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Cinema de Varginha. Mas ainda em 2002 fiz parte do elenco de Cidade de Deus. AC: Além do Teatro e cinema, você também Fez muitas coisas na toda poderosa Rede Globo, pode citar algumas? BS: Claro, apesar de ser vários papéis, cada um tem um significado diferente, tem um sabor diferente. Fiz minha estréia na Globo em Malhação em 2001, depois veio Sabor da Paixão, Carga pesada, Da cor do Pecado, fiz a Diarista, Cidade dos Homens e... Por ai foi uma porrada de papéis. AC: De todos os papéis interpretados por você, tem algum que destacaria, que mais dificultou o laboratório, mais se esforçou para fazer. BS: Sem duvida foi o Tim Maia. Sempre fui muito fã dele, herdei do meu pai o amor pela musica do Tim Maia, ele tem uma importância muito grande na minha vida, por isso cheguei me arrepiar ao receber o convite para fazê-lo. Me deu tremedeira no corpo porque eu me identifico muito. Para ele, não existe branco ou negro. Somos todos negros. Essa coisa me estremece. Foi muito especial ter feito este filme". AC: Fale um pouco sobre a homenagem recebida no Festival de Tiradentes; BS: É uma sensação que eu nunca tive. Já ganhei alguns prêmios, mas essa homenagem está fazendo com que eu sente no muro da vida, olhe para trás e não me arrependa de nada que eu tenha feito. Não Fiz um grande discurso nem nada do gênero, deixei rolar a emoção, ainda mais em Tiradentes, que é a cidade onde eu fiquei sabendo que a minha filha mais velha tinha nascido. Foi a chance de agradecer publicamente às principais figuras que me ajudaram a chegar até aqui e de sentir que todo o investimento que eu fiz na minha carreira está valendo a pena. Até porque a minha carreira ainda está só no começo, eu pretendo ficar aí por mais 30, 40 anos, se Deus permitir. AC: Babu, o que você diria para o ator que luta secularmente para encontrar o lugar ao sol e ainda não pintou a oportunidade que tanto sonha? BS: Adilson, a vida não tem segredo velho! Você precisa estar todos os dias lutando e desejando que o melhor aconteça, ir atrás das oportunidades, e estudar sempre, seja você o cara diferenciado, pois quando aparecer uma lua brilhando, você mete e vai brilhar! É assim que funciona a vida! AC: Babu, quero agradecê-lo em nome dos leitores e dirigentes do Jornal Montes Claros, parabenizá-lo mais uma vez pela justa e merecida homenagem e pedir que deixasse uma mensagem. BS: Minha mensagem é de paz, amor e fraternidade. Acima de tudo honestidade que esse Brasil precisa.

Entrevista – Babu Santana; Ator homenageado na 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes A primeira aparição de Babu nas telas se deu no filme-fenômeno Cidade de Deus (2002), mas foi com Uma Onda no Ar (2002) e As Alegres Comadres (2003) que ele passou a chamar atenção. Diversos títulos se seguiram, como O Homem do Ano (2003), Quase Dois Irmãos …

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