É triste, mas previsível. Um diretor inexperiente, mudanças desnecessárias na mitologia dos quadrinhos, um reiterado desdém com os fãs. Isso tudo e mais alguns ingredientes acenderam a luz amarela quanto ao sucesso de Quarteto Fantástico nos cinemas.
.
A resposta veio rápida e implacável: no fim de semana de estreia nos Estados Unidos, a produção dirigida por Josh Trank (Poder sem Limites) faturou apenas US$ 26,2 milhões nas bilheterias.
É pouco, muito pouco para uma produção milionária que se propunha a devolver a dignidade à superequipe dos quadrinhos depois de duas tentativas relativamente frustradas, em 2005 e 2007.
.
.
Para se ter uma ideia, a abertura de Quarteto Fantástico ocupa a 32ª segunda posição numa lista de 40 filmes estrelados por personagens da Marvel – isso em valores nominais, sem correção pela inflação.
Os filmes anteriores – Quarteto Fantástico e Quarteto Fantástico e O Surfista Prateado — faturaram, no primeiro final de semana, US$ 56 milhões e US$ 58 milhões, respectivamente. No site agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme detém a incrível marca de 8% de críticas positivas, contra 27% e 37% de seus antecessores.
.
.
Nesta semana, à medida que as críticas negativas viralizavam na internet, Josh Trank publicou no seu Twitter (e depois apagou) que sua versão do filme seria muito melhor do que a que foi parar nas telas.
Boatos dão conta de que houve, sim, interferência de executivos da Fox, mas só porque o diretor parecia perdido, sem saber o que fazer com o filme e que mal se comunicava com elenco e equipe.
É previsível, mas ainda assim triste. A Fox perde dinheiro e os fãs perdem a oportunidade de assistir a um bom filme de uma das equipes de super-heróis mais bacanas dos quadrinhos.
O melhor que o estúdio tem a fazer é assumir sua incompetência, seguir os passos da Sony e chegar a um acordo para devolver os personagens à Marvel Studios. Quem sabe, assim, todos voltam a ganhar.
Assista ao trailer de Quarteto Fantástico: