Medidas simples como aumento no consumo de fibras e no consumo de água podem melhorar o hábito intestinal de quem sofre com o problema.
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Segundo Marcos Moura, da Associação Brasileira de Halitose, há estudos que indicam que fezes acumuladas por um longo período no intestino exalam componentes malcheirosos que acabam sendo absorvidos pela corrente sanguínea. Esses compostos por sua vez são liberados na respiração, pelos pulmões, o que causa uma alteração no hálito, que é classificado como hálito fecal.
Algumas pessoas têm maior tendência a ter constipação intestinal (prisão de ventre), como mulheres, grávidas, idosos e portadores de doenças crônicas. “No geral, esses pacientes têm histórico de baixo consumo de fibras, baixo consumo de água e pouco exercício físico, mas mesmo uma pessoa que tenha uma alimentação correta pode desenvolver o problema”, diz a gastroenterologista Maíra Marzinotto, do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho.
Medidas simples como aumento no consumo de fibras e no consumo de água podem melhorar o hábito intestinal de pessoas que sofrem com o problema e, ao mesmo tempo, melhoram a halitose de forma geral. A prática de exercícios físicos regulares (exercícios aeróbicos, ao menos três vezes na semana) também ajuda. “Porém, algumas pessoas podem necessitar de aconselhamento nutricional e de medicações. Para isso, é preciso consultar um médico gastroenterologista”, afirma a médica.
O tratamento envolve mudanças nos hábitos de vida e medicamentos, como os laxantes, mas como há diversas opções no mercado, é importante consultar um médico. “Em todos os casos, se a prisão de ventre se associar a emagrecimento ou sangramento do tubo digestivo, o médico deve ser sempre procurado para uma melhor investigação do quadro e uma terapêutica mais específica” recomenda Maíra.