Libertadores 2017 – Galo perde na Bolívia

Com um futebol apático, pouca inspiração ofensiva e com as suas principais peças sem brilho, o Atlético não começou bem as oitavas de final da Copa Libertadores.
Mesmo superior tecnicamente, o Galo errou em demasia e acabou castigado com a derrota por 1 a 0 para o Jorge Wilstermann, na noite desta quarta-feira, no estádio Félix Capriles, em Cochabamba, na Bolívia.
O atacante Álvarez fez o único gol do confronto, garantindo a vantagem do empate para o jogo de volta. Já o alvinegro precisará vencer por dois gols de diferença para seguir adiante. Vitória de 1 a 0 para os mineiros leva a decisão para os pênaltis.
O duelo de volta é apenas em agosto, no dia 09, às 21h45, no Independência. O Galo volta as suas atenções agora para o Campeonato Brasileiro, onde tenta manter a sequência de bons resultados para seguir em busca das primeiras colocações.
A altitude de 2.560 metros e os 100% de aproveitamento do Jorge Wilstermann na Libertadores em casa não intimidaram o Atlético. O time mineiro, desde o início, marcava no campo do adversário, mantinha a posse de bola e era mais incisivo nas jogadas de ataque. Já os donos da casa apostavam nos contra-ataques, buscando as jogadas de velocidade pelos lados do campo, principalmente com o brasileiro Serginho pela ponta esquerda.
Por conta do gramado irregular, que dificultava a troca de passes e impedia a progressão de algumas jogadas do alvinegro, o confronto ficou truncado em muitos momentos, com poucas chances de gol. Os Aviadores conseguiram finalizar, pela primeira vez, com o zagueiro Alex Silva, de cabeça, aos 13 minutos, mas sem direção. O Galo respondeu com Robinho, aos 20 minutos, mas a bola foi para fora.
Aos poucos, os mineiros reduziram a marcação inicial, gerando muitas reclamações do técnico Roger Machado. Com mais espaço, o clube da Bolívia foi crescendo, ganhando território, encurralando o Galo até abrir o placar. Aos 40 minutos, Bergese chutou cruzado, Gabriel cortou em cima da linha e, no rebote, Álvarez, de meia-bicicleta, estufou as redes, garantindo a vantagem parcial.
No segundo tempo, o técnico Roger Machado tirou Robinho e colocou Valdívia, tentando aumentar a força ofensiva do Atlético, o que não aconteceu. Mesmo sendo o primeiro a chegar com perigo, com uma cabeçada de Yago, aos 5 min, o Galo começou o segundo tempo mal, assim como terminou o primeiro. Os Aviadores, aos poucos, iam ganhando moral e exigindo muito do sistema defensivo dos mineiros. Aos 8 min, o Jorge Wilstermann pediu o toque de mão do lateral Alex Silva, mas o árbitro marcou apenas escanteio.
A pressão dos bolivianos foi aumentando e a defesa do Galo encontrava muitas dificuldades para conter as investidas dos donos da casa. O alvinegro só conseguiu melhorar após as entradas de Otero e Rafael Moura, que se movimentava bastante, buscava os espaços entre os zagueiros e levava perigo. A melhor chance do Galo aos 36 min, quando He-Man cabeceou na trave. Os bolivianos conseguiram se segurar e manter a vantagem para o duelo de volta.