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MG – Minas Gerais reforça time de brigadistas para enfrentar período de incêndios

MG – Minas Gerais reforça time de brigadistas para enfrentar período de incêndios

Em agosto, o Estado alugará mais sete aeronaves de combate, que se somam aos dois helicópteros e três aviões que já lhe pertencem
Em agosto, o Estado alugará mais sete aeronaves de combate, que se somam aos dois helicópteros e três aviões que já lhe pertencem

 

A temporada dos incêndios florestais começa no próximo mês e Minas já reforça suas equipes de brigadistas. De acordo com o diretor geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), João Paulo Sarmento, já foram contratados 300 brigadistas temporários para reforçar o trabalho de outros 600 envolvidos em todo estado, entre equipes de parques, da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e brigadistas voluntários.

De janeiro a junho deste ano, 341,94 hectares de preservação ambiental já foram consumidos pelo fogo em 72 ocorrências de incêndio, segundo o IEF, e mais 918,26 hectares no entorno, em outros 38 incêndios.

No Parque Estadual do Rola Moça, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem 3.941 hectares de área preservada, foram 20 incêndios florestais este ano e perda de 15,33 hectares de vegetação. Em outros 11 incêndios no entorno do parque, a perda foi de 22,95 hectares de área verde.

No ano passado, Minas perdeu 14.040 hectares de vegetação para o fogo, em 440 incêndios, somente nas áreas de preservação, e outros 9.599,20 hectares no entorno dessas unidades, que registraram 252 incêndios.

“O número de brigadistas não é suficiente, mas dá para a gente fazer o trabalho”, disse João Paulo, que disse investir cada vez mais na prevenção. “Quando ocorre o incêndio, o fato já ocorreu. A gente tem focado muito na prevenção, principalmente na educação das pessoas”, justifica.

O Estado conta com dois helicópteros e três aviões. Outras sete aeronaves de combate serão alugadas nesta temporada de incêndios, segundo o diretor do IEF. “O aluguel é uma forma de redução de custos. Essas aeronaves não ficam paradas”, justifica.

Os aviões serão distribuídos em três bases do IEF no Estado: Curvelo, na Região Central, Januária, Norte de Minas, e Diamantina, Alto do Jequitinhonha, todas próximas às áreas mais críticas.

João Paulo não revelou os custos do Estado com os combates a incêndios, mas disse que o investimento é alto na preservação das suas áreas protegidas. A principal causa dos incêndios, segundo ele, é criminosa. “As pessoas botam fogo na vegetação simplesmente para ficar olhando”, lamenta.

O Parque Estadual do Rola Moça, segundo o seu diretor, Marcus Vinícius de Freitas, já está preparado para enfrentar a temporada de incêndios. “Nosso período crítico vai de junho a outubro. Temos um plano integrado de combate e prevenção que é atualizado anualmente. Entre as medidas estão a manutenção e construção de aceiros, blitze e palestras em escolas”, informa.

O Rola Moça registra uma média de 70 focos de incêndio por ano. “Trabalhamos para minimizar a área queimada”, disse o gerente. A unidade de conservação conta com 40 bombeiros disponíveis o tempo todo no período crítico, além de apoio de brigadistas da Copasa, da força -tarefa do IEF, o Previncêndio, e de empresas e condomínios da região. Ao todo, são 100 brigadistas para proteger o Rola Moça do seu pior inimigo, que é o fogo.