Realidade hídrica do município é tema de reunião na Câmara Municipal de Montes Claros
A Câmara Municipal de Montes Claros participou da reunião setorial de saneamento, promovida pelo Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Montes Claros (CODEMC).
A discussão contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, o presidente da CODEMC, Abílio Carnielli, além do Superintendente de Operações Norte da Copasa, Roberto Botelho, que ministrou uma conferência sobre a situação hídrica do município e as medidas presentes no plano de concessão que visa regularizar o abastecimento e saneamento para os próximos 30 anos.
Durante a explanação, o superintendente registrou o nível atual da barragem de Juramento, principal manancial do município. De acordo com ele, está em 34,5% da sua capacidade, número que influi na permanência do rodízio. Mas, para ajudar na manutenção da cidade e dos 12 distritos que compõe o plano de concessão, novas medidas são projetadas.
“A expectativa da Copasa é que a partir de agosto comece a bombear água do Rio Pacuí, um novo sistema que serve de reforço e tende a melhorar a situação. Com isso, o rodízio deve ser flexibilizado a partir de setembro. Além disso, temos como principais rotas de solução definitiva para falta de abastecimento, a captação do Rio São Francisco, com obras previstas para iniciar ainda no 1º semestre de 2019 e devem ser concluídas até 2020”, afirma Roberto.
O superintendente comentou ainda que os serviços de implantação de abastecimento e esgotamento nas comunidades rurais do município já estão em curso.
“Nós já operamos em duas localidades: em Nova Esperança e São Pedro das Garças. E vamos concluir até 2021 no restante das comunidades com o abastecimento de água e depois de esgoto”, diz.
Na reunião, foram pontuados os investimentos presentes no contrato. Segundo a Copasa, as obras giram em torno de 611 milhões. Dentro disso, R$ 300 milhões já têm sido aplicados em obras contratadas que estão em andamento. Foi citado também o projeto ‘Caça esgoto’, que identifica a origem de esgotos na cidade.
Além das declarações citadas, foram explicitados outros itens que norteiam o documento de concessão. O texto contempla também as ações relacionadas ao meio ambiente.
“Destinamos 0,5% da receita líquida da Copasa em investimento e proteção de nascentes, o que é fiscalizado e indicado pelo Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (CODEMA). Outras questões que são pontuadas se referem à franquia mensal que gira em torno de 4400 m3, que representa um subsídio de 50% do consumo de prédios do município; à garantia da manutenção da tarifa social para as famílias carentes e a subvenção de 50% na conta dos hospitais filantrópicos”, finaliza Roberto.