Libertadores 2018 – Cruzeiro luta, mas é eliminado da Copa Libertadores pelo Boca Juniors
Raposa se entregou muito, mas não conseguiu o resultado suficiente para carimbar uma vaga nas semifinais do torneio.
Não faltou luta, não faltou entrega. Talvez um pouco de organização, de capacidade de conclusão, mas não há como questionar o desempenho quando uma partida também depende do coração. A racionalidade se rende à emoção. Nesta quinta-feira (4), no Mineirão, o Cruzeiro lutou bravamente com o que pode, chegou a abrir o placar diante dos argentinos, mas levou o empate nos minutos finais. Um 1 a 1 insuficiente para que o clube celeste siga em busca do sonho do tri da Libertadores.
Pela terceira edição seguida do torneio continental, o time celeste foi eliminado por um argentino, velhos algozes. Mas a temporada ainda reserva emoções aos celestes. Hora de levantar a cabeça porque a Copa do Brasil aguarda o Cruzeiro e a decisão já é na próxima semana. A Libertadores pode aguardar.
Os gols
Logo em seu primeiro lance no jogo, Sassá entrou em campo e incendiou o Mineirão. A estrela do atacante brilhou aos 12 min da segunda etapa. Arrascaeta cobrou o escanteio na medida, Léo desviou e Sassá mandou para o fundo das redes. Um gol que mexeu com o brio da torcida. Porém, no fim, o Boca deu uma ducha de água fria com Pavón, que aproveitou vacilo de Léo e um passe de peito de Ábila para empatar o marcador.
Atuação do árbitro
O árbitro Andrés Cunha foi muito conivente com a cera promovida pelos jogadores do Boca, principalmente pelo goleiro Rossi e a marcação dos famosos perigos de gol a cada cruzamento celeste para a área. Quando todos pensavam que o juiz poderia amarelar o arqueiro ainda na primeira etapa, ele apenas advertiu o argentino. A sequência de marcações confusas seguiu-se, gerando muitas reclamações dos cruzeirenses com um gol anulado de Barcos após marcação de falta de Dedé. O dono do apito foi chamado de “ladrão” pela torcida celeste e ainda expulsou o zagueiro Dedé para desespero dos cruzeirenses.
Destaques do jogo
Depois de um primeiro tempo com algumas jogadas ofensivas que deixaram o torcedor ainda mais tenso, Sassá entrou em campo para dar um novo ritmo à partida. Seu nome já era pedido pela torcida desde a etapa inicial. Os erros de Barcos se acumulavam. E quando Sassá teve a primeira oportunidade mostrou oportunismo, mandando a bola para o fundo das redes do goleiro Rossi. Dedé também foi o outro destaque da partida. O jogador esteve envolvido nos principais lances de polêmica com a arbitragem e nervoso com as infrações acabou sendo expulso de campo ao levar o segundo amarelo.
Comportamento da torcida
Foi um jogo de muita tensão para os cruzeirenses, que alternavam momentos de alento ao time com o relógio cruel. Lutar contra o tempo trouxe ainda mais nervosismo ao ambiente. O Mineirão explodiu mesmo com o gol de Sassá. A panela de pressão que seguiu-se até o último minuto.
Polêmica
Na primeira etapa não faltaram polêmicas. Além da conivência do árbitro com a nítida catimba argentina, ele deixou o campo de jogo tendo que ouvir dos dois lados. Os jogadores do Boca reclamaram de um pênalti não-assinalado em Villa. Depois Andrés Cunha encarou a fúria dos cruzeirenses, que reclamaram muito da marcação de uma falta de Dedé no goleiro Rossi. Na sequência do lance, Barcos mandou a bola para o fundo das redes, mas o gol não foi validado.
Próximo adversário
Por conta da disputa da Libertadores, o Cruzeiro teve a partida contra o Ceará, marcada para o sábado, adiada. Sem o desafio pelo Campeonato Brasileiro, o time só volta a campo na próxima quarta-feira, quando inicia a decisão da Copa do Brasil diante do Corinthians, no Mineirão. O Cruzeiro vai em busca do hexacampeonato do torneio nacional para se isolar como o maior vencedor.