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MG – Secretário de Saúde fala em retorno às aulas, suspensas por liminar do TJMG

MG – Secretário de Saúde fala em retorno às aulas, suspensas por liminar do TJMG

MG – Alguns minutos após a circulação da notícia da suspensão do retorno às aulas na rede de Minas Gerais, o secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral declarou que a volta às atividades presenciais nas instituições de educação segue um protocolo de tripla checagem para garantia da segurança sanitária de crianças, adolescentes e funcionários nas escolas. À entrevista desta terça-feira (6) ele reafirmou que o retorno será gradual e permitirá que os órgãos ligados à Saúde do Estado monitorem quais os impactos da volta às aulas sobre a saúde pública. Até então, estão suspensas as atividades presenciais por determinação liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Na entrevista coletiva desta terça-feira (6), secretário detalhou procedimentos de segurança para retorno às aulas
Na entrevista coletiva desta terça-feira (6), secretário detalhou procedimentos de segurança para retorno às aulas Foto: Reprodução/Youtube
“Hoje nós temos um protocolo de saúde em tripla checagem que passa pelo nível estadual, pelo nível local, que são os municípios, e pelo nível parental. Sob o ponto de vista do nível estadual, temos um condicionante que é: só podem retomar aulas os municípios na onda verde. Nós ainda descrevemos um protocolo extremamente adequado a todos os momentos da educação, envolvendo transporte, refeição, distanciamento na sala de aula e banheiros… A coisa está muito bem colocada. O retorno será gradual. O Estado está se preparando para que toda a estrutura das salas de aula esteja adequada e que sejam entregues equipamentos de proteção individual a todos”, detalhou Amaral.

Há também, para ele, uma avaliação de riscos a ser feita pelos municípios conhecedores da própria realidade e das famílias. “O segundo nível de controle é municipal, cabe aos gestores municipais avaliar se o retorno é adequado. O terceiro nível de controle é o dos pais. Entendemos que os pais têm que avaliar o retorno dos filhos, avaliar a condição de saúde da família como um todo e se está tendo algum impacto ou não”. Ele, mais uma vez, reafirmou que “um passo atrás pode ser dado” se houver necessidade em relação ao retorno às aulas, mas que, até o momento, existe um estudo feito no decorrer de mais de três meses para garantir a segurança na autorização que permite a volta destas atividades presenciais.

Liminar do TJMG

Alunos da rede estadual de educação não vão mais retornar às aulas em 19 de outubro como estabelecido há cerca de duas semanas pelo governo Estado. Em liminar desta terça-feira (6), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu pela suspensão temporária do retorno às atividades presenciais enquanto não houver garantia de que as instituições ligadas à rede e que estão em municípios na onda verde do Minas Consciente vão conseguir cumprir os protocolos sanitários básicos.

Entre as medidas necessárias para a autorização de retorno pela Justiça está o fornecimento de máscaras para estudantes e funcionários, aplicação de questionários diários sobre presença de sintomas de coronavírus entre os alunos e servidores, e o cumprimento rigoroso de medidas de distanciamento. A determinação judicial atende um pedido do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Ampliação de testagem

A partir desta terça-feira (6), a Secretaria de Estado de Saúde decidiu ampliar os critérios para testagem em casos suspeitos de coronavírus. A mudança prevê que, agora, serão testados todos aqueles mineiros e residentes no Estado com quadro suspeito de síndrome gripal.

“Essa ampliação representa o esforço que temos feito junto a laboratórios com objetivo de ampliar a rede e aumentar a capacidade de testagem da rede. É também uma parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) que nos dará suporte mediante essa ampliação para podermos dar conta do aumento. Nós entendemos que estaremos aumentando, além da capacidade de testagem, a possibilidade de bloquear ainda mais a transmissão da doença em Minas Gerais”, concluiu o secretário de Saúde.