Com a expansão do setor, empreendedores devem estar atentos às estratégias para sobressair ante à concorrência
Nos últimos anos, o e-commerce brasileiro tem apresentado um crescimento expressivo. Em 2023, o setor movimentou R$ 196,1 bilhões, registrando um aumento de 4,8% em relação a 2022, quando o volume de negócios foi de R$ 187,89 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que afirma que, desde 2016, o setor mais que quintuplicou no país.
À medida que cada vez mais empresas entram no mercado digital, torna-se mais difícil se destacar e se manter competitivo, conforme analisa o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Nesse cenário de forte concorrência, o uso inteligente dos dados pode ser um diferencial.
A análise de dados, ou Data Analytics, pode ser utilizada em diversas áreas, como finanças, saúde, marketing e logística, ajudando as empresas a entenderem melhor os clientes, prever tendências e detectar fraudes.
De acordo com a FecomercioSP, a análise de dados possibilita que o empresário desenvolva novas estratégias para impulsionar o crescimento do seu negócio. No caso do e-commerce, a tecnologia permite otimizar processos e aprimorar a experiência do cliente, garantindo uma vantagem competitiva no mercado.
93% das empresas brasileiras coletam dados
Pesquisa produzida pela TOTVS, junto a H2R Pesquisas Avançadas, revela que 93% das empresas brasileiras realizam a coleta de dados dos consumidores. O resultado evidencia a necessidade de que essas informações sejam utilizadas de forma correta, tanto para garantir o bom aproveitamento das informações, quanto para assegurar a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Os dados podem ser colhidos a partir de pesquisas de mercado, por meio das quais as empresas conseguem acompanhar as demandas dos consumidores e adaptar suas operações conforme as tendências. Também é possível recorrer a profissionais de pesquisas online, especializados em identificar comportamentos e preferências na internet.
O Sebrae explica que o uso de Data Analytics contribui para a criação de ofertas personalizadas, alinhadas às preferências dos clientes, o que fortalece sua fidelidade. Além disso, permite identificar lacunas nas ofertas da concorrência, possibilitando o desenvolvimento de novos produtos ou serviços que atendam às demandas do mercado.
Tipos de análise de dados
Segundo a Serasa Experian, há quatro tipos de análise de dados: descritiva, preditiva, prescritiva e diagnóstica. A primeira delas se baseia na coleta e compilação de dados já existentes, apresentando essas informações por meio de tabelas, medidas-resumo e gráficos. Esse tipo de análise permite que a empresa obtenha uma visão do seu cenário atual, facilitando a formulação de novas estratégias.
Para otimizar a coleta dessas informações e facilitar o trabalho dos analistas, as organizações podem contratar um profissional de digitação. O Sebrae explica que ele é o responsável por organizar documentos e diagramar textos, assim como tabelas, laudos e notas com dados importantes.
Já a análise preditiva utiliza modelos estatísticos para prever tendências e comportamentos futuros, permitindo que o e-commerce antecipe as necessidades dos consumidores e ajuste suas estratégias de marketing e vendas com maior assertividade, como explica a Serasa.
Por outro lado, a análise prescritiva foca em sugerir ações estratégicas fundamentadas nas projeções de mercado. A Serasa destaca que, com base nos dados, ela ajuda a maximizar o sucesso de iniciativas como campanhas de marketing para os canais de comunicação..
Ainda de acordo com a Serasa, a análise diagnóstica tem como objetivo investigar as causas de problemas ou resultados inesperados, tanto no interior da organização ou na sua relação com o mercado. Essa abordagem permite entender falhas nas operações, identificar melhorias nos processos ou em campanhas de vendas.
Estratégias para ter sucesso no mercado digital
Investir no mercado digital exige estratégias bem definidas para garantir o sucesso e a competitividade. O Sebrae indica que uma delas é a criação de uma estratégia de presença digital sólida, o que envolve não apenas a criação de uma loja virtual, mas também o uso das redes sociais, a produção de conteúdo relevante para atrair e engajar consumidores e a otimização por meio do SEO (Search Engine Optimization),
Outro aspecto importante é a capacitação, visto que o mercado de e-commerce está em constante evolução, e os empreendedores precisam estar atualizados sobre as melhores práticas de vendas, gestão e marketing digital.
O Sebrae também enfatiza a necessidade de uma logística eficiente para garantir uma experiência de compra satisfatória, com entregas rápidas e seguras, o que pode ser determinante para a fidelização do cliente. Além disso, escolher um nicho de mercado com menor concorrência aumenta as chances de se destacar e exige um investimento inicial mais baixo.