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Presidente Dilma recebe MTST para discutir Minha Casa, Minha Vida

A presidente Dilma Rousseff recebeu lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na tarde de hoje, em São Paulo, para discutir o acesso ao programa Minha Casa Minha Vida, uma das principais reivindicações do movimento de moradia.

Duas construtoras foram invadidas por parte dos manifestantes
Duas construtoras foram invadidas por parte dos manifestantes

Segundo o MTST, a verba do programa de moradia do governo federal não é suficiente para bancar o alto custo dos terrenos na capital paulista, o que, segundo o grupo, inviabiliza a iniciativa no município.

Dilma atendeu a um pedido do líder do movimento dos sem-teto de São Paulo, Guilherme Boulos, e os recebeu pessoalmente. Em seguida, determinou que uma equipe do Ministério das Cidades atenda a comissão que representa o MTST nos próximos dias para tratar do acesso ao Minha Casa Minha Vida.

O encontro durou cerca de vinte minutos e aconteceu na pista de pouso no bairro de Itaquera, zona leste da capital paulista, perto da Arena Corinthians. Dilma faz uma visita ao estádio que vai sediar a abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho.

No fim da pequena reunião, Boulos e seus companheiros posaram para fotos ao lado da presidente.

SÉRIE DE PROTESTOS

Ao menos 300 pessoas se reuniram na praça do Ciclista, na avenida Paulista; 700 nas estações Butantã do metrô e Berrini da CPTM; e 400 em avenidas do bairro de Interlagos, na zona sul. Nos três atos, o alvo dos manifestantes foram gandes empreiteiras com sede na capital – OAS, Andrade Guitierrez e Odebrecht.

Duas construtoras foram invadidas por parte dos manifestantes. Por volta das 10h, cerca de 100 pessoas tomaram o saguão de entrada da Odebrecht, picharam, colaram cartazes e atiraram bexigas de tinta nas paredes. Os seguranças tentaram impedir a ação e começou um tumulto.

Simultaneamente à invasão da Odebrecht, construtora responsável pelas obras do estádio do Itaquerão, o hall de entrada da construtora OAS também foi tomado por sem-teto e integrantes do MTST. Dentro do prédio, manifestantes diziam palavras de ordem.

“Esta é uma das empresas que mais lucraram com a Copa, por isso falta dinheiro para moradia, saúde e educação”, disse um dos manifestantes em um megafone. O piso da entrada da OAS foi pichado com tinta vermelha. A mensagem: “esse é o sangue do povo”. Ninguém foi preso.

Folhapress