Saúde – 23 de novembro Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil
Fundação Sara e PRF se juntam para ações de conscientização no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil

Estimular ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantojuvenil, promover debates sobre as políticas de atenção integral às crianças e adolescentes com câncer, bem como apoiá-los durante o tratamento. Esses são alguns dos objetivos do Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, data instituída pela Lei 11.650/08, e lembrada em todo o Brasil, especialmente pelas instituições de apoio e assistência a crianças e adolescentes com câncer, como a Fundação Sara que, este ano, ganhou um aliado parceiro da causa, a Polícia Rodoviária Federal – PRF, por meio da ação Policiais Contra o Câncer Infantil.
Ao longo da manhã do dia 23 será realizada uma blitz solidária na BR 135, km 375, saída para Bocaiuva, para uma ação de conscientização sobre a importância da identificação dos sinais e sintomas do câncer para o sucesso do tratamento. Além de chamar a atenção com a ação de conscientização, a PRF está realizando uma campanha de arrecadação de leite em pó integral e suplemento alimentar, alguns dos produtos mais utilizados pelas crianças e adolescentes, e de suma importância para que se mantenham nutridos e fortes durante o tratamento.
De acordo com a chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Montes Claros, Heloísa Menezes, a campanha Policiais Contra o Câncer Infantil iniciou-se em 2014, em Goiânia, a partir de iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da PRF de Goiás. O sucesso foi tanto que resolveram ampliar para todos os estados, na expectativa de alcançar repercussão interna, com apoio de centenas de policiais, e também externa, com ampla divulgação da mídia nacional. “Esperamos que a campanha não se resuma a uma data, mas que prospere em ações de conscientização e apoio constantes,” destaca.
A PRF vai estender a campanha de arrecadação dos produtos até o Natal. Todas as doações podem ser entregues na Delegacia PRF de Montes Claros situada na BR 135, km 375, saída para Bocaiuva ou entrar em contato pelo telefone (38) 3222-5233.
Sobre a Data
O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil foi instituído pela Lei n° 11.650, de 04 de abril de 2008. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, no Brasil, o câncer representa a primeira causa de morte (7% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes no país por ano, em 2016 e em 2017. As regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210).
Ainda de acordo com o INCA, nas últimas décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (o câncer mais comum na infância e que afeta o sangue), os do sistema nervoso central (tumor dentro da cabeça) e os linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumores renais (a clínica mais comum é o aparecimento de um tumor na barriga), o retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), o osteossarcoma (tumor ósseo, mais comum entre os adolescentes) e os sarcomas (tumores de partes moles). Esses são os tumores mais comuns em crianças e adolescentes. Outros tumores poderão acometer essa faixa etária. Por isso, é importante estar atento aos sinais e sintomas.
Sinais e sintomas
Os principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil são: dores ou aumento da barriga; pressão alta; palidez repentina; manchas roxas pelo corpo; dores nos ossos; ínguas ou nódulos, principalmente nas axilas, pescoço e virilha; perda de peso; mancha branca na pupila (reflexo de olho de gato); dores de cabeça; náuseas e vômitos (acompanhadas de dores de cabeça); convulsões; alteração na fala e no andar; dores nos ossos não relacionadas a fraturas, quedas e traumas; nódulos na cabeça, pescoço, braços e pernas; sangramentos em geral, fraqueza e febre prolongada. “Ter algum desses sinais e sintomas não significa que a criança ou o adolescente tenham câncer mas, se PERSITIREM algum desses sintomas, o aconselhável é procurar o pediatra para esclarecer e tirar as dúvidas”, destaca a oncopediatra da Fundação Sara, Eliana Cavacami.
Sobre a Fundação Sara Albuquerque
A Fundação Sara nasceu da convivência que os pais da pequena Sara tiveram com a dor e a esperança durante a sua doença, entre 1996 e 1997. O alto custo do transplante de medula fez com que a família, amigos e colegas lançassem uma campanha para arrecadação de recursos. A pequena Sara acabou falecendo antes do transplante, em novembro de 1997. Com parte do dinheiro arrecadado ainda em mãos, os pais da menina decidiram usar os recursos para auxiliar famílias que passavam pela mesma dificuldade. Dessa forma, há 18 anos foi instituída, em Montes Claros, a Fundação Sara Albuquerque Costa para receber e assistir crianças e adolescentes com câncer e seus acompanhantes. Para expandir os serviços de assistência em todo o estado de Minas Gerais, inaugurou-se, em julho de 2010, uma unidade em Belo Horizonte.
Além de ser uma casa de apoio para quem vem de outros municípios, ou até mesmo de outros estados, em busca de tratamento em Montes Claros, a entidade atua na promoção de conhecimentos, por meio do Centro de Estudos Sara Albuquerque Costa – CESAC, com objetivo de capacitar os profissionais da saúde e alertar pais, professores e todos que convivem com crianças e adolescentes para que estejam alertas a qualquer alteração persistente na saúde dessas crianças e adolescentes.
Outro compromisso da entidade é na contribuição na melhoria do tratamento nos hospitais. Para o presidente da Fundação Sara, Álvaro Gaspar Costa, que perdeu a filha de quatro anos com uma leucemia grave, seu desejo é ver Montes Claros se destacando na cura do câncer infantojuvenil, como acontece em grandes centros de referência no Brasil e no mundo. “Não adianta apenas diagnosticar precocemente, oferecer assistência para as famílias e investir na qualificação de profissionais. Se o tratamento não for de qualidade, tudo isso que construímos antes perde o sentido”, destaca.
Acesse www.fundacaosara.org.br e conheça a Fundação Sara Albuquerque Costa.