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Doenças erradicadas causam preocupação

Doenças erradicadas causam preocupação

No final do ano de 2017, o Brasil se viu surpreso com a extensão do surto de febre amarela, formando filas gigantescas nos postos de saúde para tomar a vacina. A doença, que já era considerada erradicada no país, vitimou cerca de 98 pessoas, e este é apenas o número de casos fatais, o número de contaminados chegou a 353 neste período.

Doenças erradicadas causam preocupação - Foto: Shutterstock

 

Recentemente, um surto de sarampo, outra doença também erradicada no Brasil, voltou a preocupar a população. Os estados de Roraima e Amazonas já estão em estado de alerta, sendo que dos mais de 500 casos confirmados, 263 concentram-se no Amazonas. A possibilidade de expansão para outros estados é possível, visto que também existem casos confirmados em São Paulo, Rondônia e Rio Grande do Sul.

Especialistas atribuem o retorno dessas doenças a queda brusca na taxa de vacinação. Com o sucesso nas campanhas de vacinação e por nunca terem tido contato com doenças já erradicadas, a população mais jovem acredita que a vacina é cada vez menos necessária.

Além disso, o número de grupos antivacina, antes com números inexpressivos se comparados à países como Estados Unidos, começa a ganhar força. Apoiados por uma série de achismos e estudos científicos que já foram refutados pela comunidade científica, o grupo formado em sua maioria por pais, acredita que as vacinas são desnecessárias e podem causar danos a saúde de seus filhos, algo que os estudiosos negam veementemente.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal brasileira já chegou a atingir 80% da população, algo surpreendente se comparado aos países Europeus e Estados Unidos, que atingem taxas entre 30% e 40%. Porém, no de 2017, a cobertura vacinal brasileira foi a pior em doze anos. Atualmente, a vacina contra poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, está abaixo de 50% da cobertura esperada.

Uma imunização eficiente se dá pelo conceito de “vacinação de rebanho”, sendo assim, quanto maior o número de vacinados, menor a incidência de doenças. Se os pais decidem não vacinar seus filhos, essa criança está mais propícia a contrair doenças, que podem até mesmo causar danos permanentes à sua saúde, e também contaminar outros que por serem muito jovens, possuírem alergias aos componentes da vacina ou estarem com a saúde debilitada, não podem tomar a vacina.

Não vacinar o seu filho não é uma escolha que o afeta apenas como indivíduo, pode afetar a toda a comunidade. Sendo assim, a vacinação não é apenas uma questão de escolhas pessoais e sim uma questão de responsabilidade social e saúde pública.

Realização: Next Saude