Entenda as diferenças entre os tipos de TPM para se cuidar melhor.
Tensão Pré-Menstrual (TPM) é um conjunto de sensações que muitas mulheres vivenciaram pelo menos uma vez poucos dias antes da menstruação.
Alguns desses sintomas são amplamente conhecidos, como aumento na irritabilidade, dor de cabeça e cólica, mas o ciclo do período menstrual também pode causar sintomas que muitos nunca imaginaram ter relação com ele.
Estima-se que existam mais de 200 sintomas relacionados à TPM. Por possuir diferentes níveis de intensidade e características, e também para ajudar na identificação e facilitar seus tratamentos, a TPM é classificada em cinco diferentes tipos.
Tipos de TPM
Começamos a lista pela TPM tipo A, tem relação com a ansiedade devido à queda do estrogênio, hormônio responsável pela redução do estresse.
TPM tipo C é atrelada à compulsão alimentar, geralmente provocam vontades descontroladas para comer comidas muito gordurosas e doces.
A TPM D é o tipo com sintomas predominantemente depressivos causados pela queda de serotonina.
TPM H é ligada à hidratação, causa retenção de líquidos e, por consequência, o ganho de peso.
Por fim, a TPM tipo O, assim classificada devido ao termo “outros”, refere-se aos outros sintomas menos comuns que podem estar presentes no ciclo do período menstrual.
Veja a seguir quais são os sintomas mais incomuns e quais as sugestões para aliviá-los. Vale lembrar que não existe prevenção para a TPM, mas alguns hábitos podem ser grandes aliados na diminuição dos sintomas.
Sintomas incomuns da TPM
Estão entre os sintomas mais desconhecidos:
- Sudorese fria ou fogachos;
- infecções no trato respiratório;
- reações alérgicas;
- dores generalizadas — incluindo cólicas;
- aumento da frequência urinária;
- náuseas;
- acne;
- alteração nos hábitos intestinais.
O que ocasiona e como tratar
De acordo com a endocrinologista Andressa Heimbecher, a liberação de agentes inflamatórios relacionados com o fluxo menstrual podem também interferir no fluxo intestinal e causar dores.
Para aliviar um pouco desses sintomas, especialmente nos dias que antecedem a menstruação e durante seus primeiros dias, recomenda-se o uso de anti-inflamatórios.
A sudorese fria e os fogachos, as chamadas ondas de calor, quando muito incômodas, podem ser tratadas com anticoncepcionais de baixa dosagem. Ainda de acordo com Heimbecher, a medida evita maiores oscilações hormonais e previne os fogachos.
A alteração na frequência urinária se dá por conta da retenção hídrica. Na tentativa de regular esse desequilíbrio, o organismo pode atuar aumentando sua vontade de ir ao banheiro.
Carolina Carvalho Ambrogini, ginecologista e coordenadora do Ambulatório de Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), recomenda a redução no consumo de sódio como melhor medida para esse cenário.
Devido ao aumento de oleosidade na pele, o tratamento recomendado para a acne é tópico, isto é, uso de produtos para limpeza e redução dessa manifestação. Para alguns casos também é possível o uso de anticoncepcional com ação antiandrogênica. Recomenda-se a procura de um especialista.
Por fim, infecções do trato respiratório e náuseas têm tratamentos preventivos, como a prática de atividade física.
Os exercícios devem ser leves e podem ser diários, mas sem abusos. É preferível os que trabalham com a respiração e relaxamento.
A prática regular proporciona aumento na produção de endorfinas, hormônios responsáveis pela redução nos sintomas da TPM, favorecimento do bem-estar de forma geral e até na melhora da qualidade do sono.
Para a ginecologista Graciela Morgado, é importante analisar o ciclo e desenvolver treinos de acordo com a etapa da menstruação na qual a mulher está.
Para a fase pré-menstrual, devido à queda nos níveis de progesterona, onde os níveis de concentração são prejudicados, e a fadiga acontece mais rapidamente, a indicação é treino aeróbico, como caminhada, corrida, ciclismo ou natação.
Já para a fase da menstruação, recomenda-se alongamento, yoga, pilates e caminhadas mais leves.
Além disso, ambas as especialistas mencionadas neste artigo sugerem também a adoção de uma dieta mais saudável e equilibrada, com redução no consumo de cafeína, açúcar, sódio, tabaco e álcool.