Aumento do volume de dados exige soluções avançadas para maior segurança e eficiência no uso das informações
Até o final do ano, o volume global de dados deve ultrapassar 157 ZB (zettabytes), segundo estimativa da International Data Corporation (IDC), líder mundial em inteligência de mercado. Para efeito de comparação, em 2020 o mundo produziu 59 ZB de dados. Diante desse cenário, a integração de ferramentas tecnológicas se destaca como tendência.
As tecnologias facilitam o acesso aos dados, a conexão entre sistemas, a análise e a automação de fluxos de trabalho. A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, possibilita o processamento de grandes quantidades de dados com mais rapidez em comparação com os métodos convencionais.
A partir de algoritmos de aprendizado de máquina, a IA é capaz de identificar padrões complexos que, muitas vezes, passariam despercebidos em análises manuais. Segundo pesquisa do Institute for Business Value (IBM), 43% dos CEOs estão usando IA generativa para a tomada de decisões estratégicas.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destaca que empresas guiadas por dados têm uma probabilidade maior de crescimento, pois as decisões se baseiam em informações concretas, em vez de depender de opiniões ou impressões pessoais.
No entanto, a pesquisa do IBM também revela que as organizações ainda enfrentam desafios durante a gestão de dados, como problemas com relatórios e cálculos, além da dificuldade de identificar insights, ambos mencionados por 40% dos CEOs.
A otimização de relatórios de dados se apresenta como alternativa e pode ser feita por meio de soluções tecnológicas, como IA ou Business Intelligence (BI). Segundo o Sebrae, a eficácia dos relatórios gerenciais depende da relevância, da precisão e da atualização das informações apresentadas.
Para que isso aconteça, é necessário assegurar que os dados sejam coletados de forma confiável e estruturados conforme as necessidades da alta administração e das equipes encarregadas de tomar decisões. Além disso, é preciso saber como acessar as informações, organizá-las e analisá-las de maneira correta.
Planilhas automatizadas podem ajudar na importação de dados de diferentes origens, como Instagram, Google Ads e LinkedIn, ou o uso de dispositivos IoT, permitindo que equipes organizem e acompanhem informações de forma integrada.
Há ferramentas gratuitas de planilhas on-line, como o Sheets Google, que permite criar tabelas e gráficos e conta com recursos de compartilhamento com outras pessoas. Por serem salvas na nuvem, as informações facilitam a colaboração entre equipes.
Com uma gestão de dados eficiente, as organizações conseguem otimizar operações, identificar gargalos, prever tendências e entender melhor os clientes, o que favorece escolhas mais estratégicas e assertivas. Empresas que se baseiam em dados para fundamentar suas decisões podem alcançar um crescimento de 15% a 25% superior à média, de acordo com a consultoria McKinsey.
Segurança de dados é prioridade para 2025
A segurança de dados também figura como uma das tendências em ascensão para a gestão de dados em 2025, de acordo com a ROQT Group, especialista em soluções de BI. Diante de um grande volume de informações, as empresas precisam encontrar ferramentas que auxiliem na gestão e garantam a segurança contra vazamentos e manipulações.
Com a promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD (Lei nº 13.709/2018), que define diretrizes para a coleta, o tratamento e o armazenamento de dados pessoais pelas organizações, as empresas passaram a investir em soluções que resguardem informações sensíveis contra ameaças cibernéticas. Pesquisa da TIC Provedores aponta que 40% das empresas no Brasil já têm setor exclusivo para a proteção de dados.
O primeiro passo que uma empresa deve seguir para se adaptar à lei, segundo o Sebrae, é realizar o mapeamento de dados, definindo de quem as informações estão sendo coletadas e em quais situações, assim como a forma em que são armazenadas, a sua finalidade e se é solicitada a permissão para o seu tratamento. Quem descumprir as determinações pode ser multado em até R$ 50 milhões, conforme determina a LGPD.