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Europa – Polícia belga divulga imagem de assassino de Museu Judaico

A polícia belga divulgou neste domingo (25) três vídeos, além de fotos, do suposto autor do ataque de ontem ao Museu Judaico de Bruxelas, cujo balanço subiu para quatro mortos: dois turistas israelenses, uma francesa e um belga.

Suspeito aparece nos vídeos com arma na mão
Suspeito aparece nos vídeos com arma na mão

A polícia lançou hoje uma ordem de captura com a descrição do suposto autor do ataque.

Autoridades divulgaram três vídeos em que se vê o suspeito atirando com uma Kalashnikov. Seu rosto só aparece em um deles.

Segundo a polícia, depois do ataque, o autor fugiu a pé.

Uma das vítimas, um jovem belga, morreu hoje, no hospital. Ele tinha cerca de 20 anos e trabalhava como recepcionista do museu.

O ataque comoveu a Bélgica, onde se realizavam neste domingo eleições legislativas e europeias, e a comunidade internacional, principalmente Israel.

“Está sendo feito tudo para identificar e prender o autor ou os autores deste drama”, declarou o premier belga, Elio Di Rupo.

Na Terra Santa, o Papa Francisco expressou seu “profundo pesar”. Já o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que “o tiroteio é resultado da incitação ao ódio permanente contra os judeus e Israel”. Ele agradeceu ao Papa por sua “posição firme contra o antissemitismo”.

O presidente do Congresso Judaico Mundial, Ronald S. Lauder, denunciou o que considerou “um ato odioso e terrorista, dois anos depois dos assassinatos selvagens em Toulouse” de quatro judeus, entre eles três crianças, e três militares.

O governo francês anunciou um reforço da segurança nos locais judaicos. Dois judeus foram agredidos na saída de uma sinagoga em Créteil, a sudeste de Paris. A polícia procura os autores da agressão.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, denunciou o que considerou “um ataque aos valores europeus”.

No fim da tarde, centenas de pessoas se concentraram diante do Palácio de Justiça de Bruxelas para manifestar solidariedade à comunidade judaica.

A Justiça belga indicou hoje que não pode afirmar que se tratou de um ataque “terrorista ou antissemita”.

Após o ataque, autoridades elevaram para o nível 4, o máximo, as medidas de segurança em torno dos locais frequentados pela comunidade judaica, que reúne 40 mil pessoas na Bélgica, em uma população de 11,1 milhões de habitantes. O último atentado antissemita no país remonta aos anos 1990.

Fonte: AFP