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Copa 2014 – Animação de torcida chilena pode complicar Brasil em campo

No último dia 17, a Seleção Brasileira, mesmo jogando em casa nesta Copa do Mundo, se viu em uma situação inusitada na Arena Castelão. Mesmo em número bem inferior nas arquibancadas, os torcedores do México duelavam no mesmo nível com os brasileiros em volume de cantoria e, às vezes, até faziam mais barulho nas arquibancadas em Fortaleza. 

Torcida chilena tem lotado estádios por onde passa nesta Copa do Mundo
Torcida chilena tem lotado estádios por onde passa nesta Copa do Mundo

Este fenômeno poderá se repetir neste sábado, no Estádio do Mineirão, a partir das 13h. Assim como as outras equipes sul-americanas, a campanha do Chile está sendo marcada pela presença maciça de seus torcedores nas arquibancadas dos estádios brasileiros por onde passam. O jogo que chamou mais atenção foi o duelo contra aEspanha, no Maracanã, quando os chilenos dominaram o estádio. 

Em Belo Horizonte, a situação tende a ser um pouco diferente. De acordo com dados da Fifa, dos 52 mil ingressos disponíveis para a partida de oitavas de final, cerca de 10% estão em posse de chilenos, o que representa quase 5 mil ingressos. Um número pífio comparado ao dos mais de 34 mil brasileiros que compraram entradas. 

Porém, o governo estadual de Minas Gerais calcula que de 20 a 30 mil chilenos estão baseados em Belo Horizonte nesta Copa do Mundo. Assim como foi visto nas outras partidas, muitos deles comprarão seus ingressos de cambistas, o que deve aumentar um pouco essa porcentagem no Estádio do Mineirão. 

O problema principal é a diferença de comportamento das torcidas brasileira e chilena dentro das modernas arenas na Copa do Mundo. Apesar de apoiar, o torcedor verde e amarelo por muitas vezes tem ficado calado em momentos de dificuldade da Seleção. O mesmo não acontece com os rivais sul-americanos, que veem uma cantoria interminável vinda das arquibancadas. Recentemente em entrevista a Rádio Globo, o ex-técnico da Seleção Brasileira Vanderlei Luxemburgo comentou este fato. 

“Acho que o torcedor que vem ao estádio em jogos da Copa vem mais para um programa família, para vir com os filhos, comer e beber. Isso não vai ajudar a empurrar a Seleção. Para isso, o time precisa dar carrinho, mostrar pegada no campo para tentar fazer a torcida vibrar. Porque só o hino não adianta. Ali é uma parte muito pequena, precisa que o torcedor dê uma força maior”.

Caso o Brasil passe por dificuldade durante a partida, o torcedor chileno pode dar um ânimo extra para o rival. Assim confiam, inclusivem, os jogadores do país. “Vai ser um desafio de ida e volta e nenhuma das duas equipes vai esperar recuada. Essa partida nos faz maiores se ganhamos do pentacampeão e dono da casa, mas nós também temos nossa gente. O que se ouve falar é que nossa torcida é uma das melhores deste Mundial”, afirmou o lateral Maurício Isla.

Para tentar reverter esta situação, no duelo contraCamarões, em Brasília, foram distribuídos panfletos com músicas novas para os torcedores brasileiros cantarem nas arquibancadas. Empresas como a Coca-Cola e grupos em redes sociais tentam incentivar novos cânticos verde e amarelo que fujam do “Brasileiro com muito orgulho e amor”. Ainda não se sabe se o ato será repetido neste sábado, no jogo no Mineirão.