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Igreja Nossa Senhora do Rosário em Januária será uma das três recuperadas pelo Iepha
Igreja Nossa Senhora do Rosário em Januária será uma das três recuperadas pelo Iepha

Norte de Minas – Iepha abre licitação para recuperação de três importantes bens culturais do Norte de Minas

Norte de Minas – Iepha abre licitação para recuperação de três importantes bens culturais do Norte de Minas

Igrejas centenárias, que possuem proteção por tombamento nas cidades de Januária, Matias Cardoso e Jequitibá, receberão investimentos de R$ 3,6 milhões

Igreja Nossa Senhora do Rosário em Januária será uma das três recuperadas pelo Iepha
Igreja Nossa Senhora do Rosário em Januária será uma das três recuperadas pelo Iepha

O Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), irá recuperar três bens culturais centenários no estado: a Igreja Nossa Senhora do Rosário em Brejo do Amparo, no distrito de Januária, a  Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Matias Cardoso, ambas no Norte de Minas, e a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, em Jequitibá.

Serão investidos aproximadamente R$ 3,6 milhões na recuperação dessas edificações, que fazem parte de um significativo acervo histórico e arquitetônico de Minas Gerais, com detalhes e características singulares.

No dia 28 de junho será aberta a licitação para as obras na Igreja Nossa Senhora do Rosário em Brejo do Amparo. Já na semana seguinte, nos dias 5 e 6 de julho, serão abertos os processos licitatórios das obras em Matias Cardoso – Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – e Jequitibá – Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, respectivamente.

Tratam-se de demandas antigas das comunidades que foram priorizadas pelo Governo do Estado. Em 2015, no município de Januária, durante o Fórum Regional, o governador Fernando Pimentel, a pedido da população, se comprometeu a liberar recursos financeiros para a restauração da Igreja em Brejo do Amparo, que está interditada desde 2005.

Investimentos

Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Brejo do Amparo, distrito de Januária – Serão executadas obras de restauração arquitetônica, além de instalações complementares referentes à infraestrutura da Igreja. O valor das intervenções está orçado em R$ 1.378.402,63.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Matias Cardoso – Serão realizadas a restauração e a reforma de sua cobertura, incluindo imunização das madeiras e tratamento contra cupins. Os investimentos serão de R$ 760.025,94.

Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, em Jequitibá – Obras de restauração arquitetônica e do sistema estrutural serão executadas no valor de R$ 1.536.065,00.

Histórico das igrejas

Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento – Praça JK, nº. 91, Jequitibá

Tombada pelo Iepha-MG em 1979, a igreja, que possui estilo arquitetônico característico das edificações religiosas mineiras do início do oitocentos, está localizada próxima a uma lagoa e ao Rio das Velhas. Erguida no Século XIX, datada de 8 de junho de 1818, sua  construção foi promovida por Dona Pulquéria Maria Marques a pedido do padre João Marques Guimarães.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Distrito de Brejo do Amparo, Januária

O tombamento estadual da igreja, no povoado de Barro Alto, distrito de Brejo do Amparo, no município de Januária, foi aprovado em abril de 1989. A origem da igreja está ligada a uma das mais antigas rotas de penetração de bandeiras no interior do Brasil. A edificação, datada de 1688, possivelmente ligada a um remanescente da capela-mor e considerada uma das mais antigas de Minas, possui técnicas construtivas da arquitetura baiana, com soluções paulistas. Os elementos internos apresentam características ornamentais do estilo nacional-português, da primeira fase do barroco em Minas Gerias, com pinturas em estilo rococó. Pela sua trajetória e particularidade, trata-se de exemplar autêntico da arquitetura religiosa em Minas Gerais, ligado à história de ocupação da região norte do estado.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Matias Cardoso

É considerada obra singular por apresentar estrutura em alvenaria de tijolos maciços, técnica que foge aos padrões construtivos das edificações religiosas mineiras do Século XVIII. A igreja foi inaugurada em 1726 e elevada a paróquia em 1755, sendo o único monumento existente em Minas Gerais com traços das construções religiosas do recôncavo baiano e com elementos jesuíticos. Localizada em lugar distante dos grandes centros urbanos, possui arquitetura de grande imponência na região.