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Esporte na terceira idade: mitos e verdades

A prática de atividade física é uma grande aliada do bem-estar e da saúde.

Esporte na terceira idade: mitos e verdades

Exercitar-se é fundamental por uma série de razões: além de auxiliar na manutenção do peso corporal, acelerar o metabolismo, combater o enfraquecimento muscular e aliviar sintomas de ansiedade, o esporte ajuda na sociabilidade e dribla o mau humor e a depressão.

Na terceira idade, a prática também é incentivada — desde que sejam tomados alguns cuidados, como o uso de roupas adequadas e a escolha de um esporte que dialogue com as necessidades do corpo do praticante.

Ainda há muita dúvida sobre o assunto, já que para alguns, a velhice está ligada ao sedentarismo. Será que isso é verdade? A seguir, listamos alguns dos mitos e verdades sobre o esporte na terceira idade. Você vai se surpreender!

Existe idade limite para começar a praticar algum esporte?

Já começamos com um mito — e um mito daqueles. Não existe data-limite nem idade para começar a praticar atividade física, embora seja sempre melhor começar cedo, quando o corpo está no ápice da energia e do bem-estar.

Há inúmeros relatos de pessoas que começaram a praticar esportes, inclusive esportes de impacto ou força, como pole dance, boxe ou lutas orientais, após os cinquenta ou sessenta anos. Mais do que isso, há relatos de pessoas com mais de noventa anos que correram maratonas.

Ou seja: embora precisemos nos atentar para as necessidades de nossos corpos, que diferem entre si e carregam muita história, seria leviano dizer que, após determinado período da vida, não faz sentido começar a praticar um esporte ou fazer aquilo que sempre se sonhou em fazer.

Se você não sabe até onde o seu corpo pode ir, sempre comece devagar. Faça alongamentos, pequenas caminhadas, subidas de escadas — com o devido acompanhamento e ajuda. E sempre, em qualquer circunstância, converse com um médico de sua confiança.

A atividade física está associada à diminuição de riscos múltiplos

Verdade. Especialmente na terceira idade, a prática constante de atividade física diminui o risco de depressão, uma vez que está ligada à produção de endorfinas e permite às pessoas mais velhas que socializem mais, e combate doenças do coração, a obesidade, a osteoporose, o diabetes e até alguns tipos de câncer.

A caminhada deve ser o único exercício frequente

Mito. Embora a caminhada seja o ponto de partida para muitas pessoas que foram sedentárias por longos períodos de tempo, ela não precisa ser a única atividade física a ser praticada (a menos, é claro, que haja qualquer recomendação médica nesse sentido).

As caminhadas controlam a pressão arterial e reduzem os níveis de colesterol. Para quem ficou parado muito tempo, elas colaboram para a recuperação da energia, para a diminuição do peso corporal — desde que aliadas a uma boa dieta — e para a melhora do sono.

Hidroginástica é o melhor para quem tem problemas articulares

Verdade. Sempre salientamos que, antes de começar qualquer atividade física, é preciso ter o aval de um médico de confiança. Isso não muda o fato, no entanto, de que a hidroginástica é popular por ser mais segura para as pessoas mais velhas.

A prática de hidroginástica permite a realização de movimentos diversos, sem que haja impacto nas articulações e nos tendões. Com a assiduidade, é possível conquistar um corpo mais forte, maior flexibilidade, aumento da capacidade respiratória, entre outras coisas.

No quesito mental, mais uma vantagem: tanto a hidroginástica quanto a natação colaboram para a manutenção do estresse, dando mais disposição e foco para enfrentar as adversidades e o cansaço cotidianos.

Musculação não é para a terceira idade

Mito! A musculação, assim como exercícios que se utilizam do peso do corpo para fortalecer os músculos, colabora para a manutenção da saúde dos ossos, diminui as chances de quedas e fraturas, aumenta a força muscular e pode promover maior independência ao idoso.

A frequência das atividades de musculação, assim como a quantidade de peso a ser levantado e os aparelhos a serem utilizados, devem ser passados ao idoso por um especialista — o qual também deve supervisioná-lo, com o intuito de garantir que os exercícios serão feitos corretamente.