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Aldeildo Rocha Ferreira
Aldeildo Rocha Ferreira

Coluna – Carpen Dien / Aproveite o dia

          Bem me lembro de um exercício de teatro que finalizando o curso apresento aos meus alunos de iniciação teatral, este somente realizado com adultos, em que peço para eles simularem um velório, se deitam, em posição de morto e peço para se lembrarem de tudo que não aproveitaram, das pessoas que ama, de ter decepcionado alguém e não teve tempo de corrigir, de nunca ter dito aos seus pais que os amava, de não dizer á pessoa amada tudo o que sentia, de não ter provado uma comida que desejava, de nunca ter observado o pôr do sol, faço elas refletiram sobre tudo que já se passou em sua vida, levando-os a refletirem sobre a vida que tem em mãos.

                   “Vaidades de vaidades, tudo é vaidade” dizia o sábio Salomão, que provara de tudo que existia em matéria de prazer, as pessoas costumam buscar tão longe o que está a seus pés, a felicidade se resume em nada mais que fazer o bem, sonham em consumir algo e quando acontece, traçam outra meta ao objetivo em que sempre trará junto as frustrações, o mundo está cheio de pessoas que precisam de um prato de comida por dia para serem felizes, o mundo está cheio de pessoas que necessitam de um abraço aconchegante, um bom dia diferente, um sorriso que não precisa ser correspondido, apenas admirado.

              Pessoas; Era exatamente aonde eu queria chegar, as pessoas que amamos precisam ser admiradas, contempladas, em vida, por que esperar que se vá para saberem que eram importantes para nós? Por que as famílias fazem questão de se reunirem quando alguém importante na família falece? Muitas das vezes mora no mesmo bairro e não se visitam, admiro muito famílias que se reúnem ao menos uma vez por ano.

              “O que se fez, isso é o que há de ser, o que se foi, isto se tornará a fazer, pois não há nada de novo debaixo do sol”. Nada nos torna mais felizes do que ajudar ao próximo, a começar pelos nossos familiares, se é a verdade que precisam ouvir, diga, mas saiba dizer, mostre o amor exigente, “eu te amo, mas …”, ser simpático o tempo todo, não é isso, seja bravo quando precisar ser, seja surdo se precisar ser, seja mudo, ignorante, bruto, se precisar ser, mas não se esqueça de ser amável mesmo se não houver necessidade, errar é muito fácil, todo mundo erra, quero ver se é capaz de perdoar.

             A decepção caleja, nos transforma em pessoas amarguradas, apodrece a alma, mas mate a fome de um mendigo na rua para ver como se sentirá? Deus criou as pessoas para serem amadas, somente quando ajudamos alguém é que conseguimos sentir um pouquinho do amor que Jesus sentiu por nós, aliás, impossível falar de amor sem falar de Jesus.

            Certa vez um filósofo chamado Roosevelt Loyola, diretor de teatro dos bons me disse uma coisa, nunca me esqueci disso. _ Você sabe o que quer dizer a palavra DEUS, disse ele, respondi, _ A palavra não, mas Deus é o todo poderoso, ele respondeu, _ D quer dizer VOCÊ, e EUS quer dizer eu, ou seja, Deus é puro amor, primeiro você, depois eu, você seria capaz de amar tanto uma pessoa desconhecida ao ponto de dar sua vida por ela? Fiquei calado pensando.

             Portanto cuide bem de seu jardim, regue com muito carinho, diga às pessoas como são belas e importantes para você, vivam fazendo com que as pessoas sintam prazer em sua presença, o mais importante, saiba ouvi-las, com atenção, elas precisam muito disso, aproveite as pessoas, aproveite o dia.

Por Aldeildo Rocha Ferreira

Aldeildo Rocha Ferreira
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