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“Mata-mata” nos treinos é a grande alteração, mas divide opiniões no meio automobilístico
Em todos os anos, o início da temporada da Fórmula 1 vem acompanhado de promessas de inovações com os mais diversos objetivos. Seja para aumentar a competitividade, a atratividade ou a segurança, a cada temporada pilotos, equipes e torcedores precisam se adaptar às mudanças. E em 2016 não será diferente, já que pelo menos duas alterações na categoria serão importantes.
A mais significativa delas é no treino classificatório. Com o objetivo de deixar o esporte mais atraente para o espectador, os pilotos agora serão eliminados no decorrer da preparação. Serão três momentos diferentes. Na primeira etapa o Q1, começam os 22 pilotos, que correrão durante 16 minutos e, partir daí, quem tiver a pior volta será desclassificado. A cada 1m30s, ocorrerá uma nova desclassificação, até sobrarem 15 carros, que vão para o Q2. Nesta etapa ocorrerá a mesma fórmula, até restarem oito pilotos, que definirão o grid de largada no Q3.
“Eu acho que a definição do grid vai ficar mais interessante, porque os pilotos terão que ficar na pista. Não vai ter mais piloto dando uma volta e guardando o carro. Vão ter que ficar fazendo tempo, melhorando o tempo. Vai melhorar bastante o sábado na Fórmula 1. Acho que a Fórmula 1 não pode ser acusada de não tentar mudar, porque ela está tentando”, afirma o comentarista de automobilismo Flávio Gomes.
Mas nem todos concordam que as mudanças serão fáceis e que posam ter só resultados positivos. “Achei um pouco complexo. É difícil para as pessoas entenderem. A cada temporada existe uma mudança que traz essa confusão para os fãs. Para mim, o sistema antigo de classificação era muito mais cômodo, o atual traz um prazo de validade muito curto”, aponta o piloto Bruno Senna.
Além do treino, outra mudança será a possibilidade de as equipes escolherem entre três tipos de pneus para pista seca. O piloto Christian Fittipaldi acredita que a novidade irá proporcionar maior competitividade nas provas. “Acho superlegal você ter a oportunidade de escolha de tipo de pneu para cada corrida. Porque a diferença de um composto para outro chega a ser de meio a um segundo. É claro que se um piloto estiver de pneu duro e outro de pneu mole, naturalmente ele vai estar um segundo mais rápido, mas terá que fazer mais paradas. Acho que isso vai colocar um ponto de vista bem interessante na corrida, porque vai gerar mais ultrapassagens e mais emoção”, disse Fittipaldi.