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Qualificação é chave para desenvolver habilidades do futuro

O mercado de trabalho pós-pandemia demanda adequação ao modelo híbrido e skills que ocupem lacunas de competência.

O avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo tornou mais consistente o retorno ao trabalho presencial, mas não foi capaz de barrar o processo de transformação pelo qual o mercado de trabalho tem passado, especialmente diante da adoção do modelo híbrido.

Em outubro de 2020, durante uma das ondas da pandemia, o Fórum Econômico Mundial (FEM) já havia apontado em seu relatório “The Future of Jobs 2020” que uma virada de chave estava por vir. Mudanças que eram previstas para serem realizadas de forma gradativa, ao longo dos próximos anos, tornaram-se uma necessidade urgente, exigindo que empresas e profissionais se adaptassem desde então.

Além de pontuar as transformações observadas no mercado, o documento apresentou àquela época os desafios e as oportunidades do novo cenário, marcado pela presença cada vez maior da tecnologia. Nessa rotina permeada por dados e Inteligência Artificial, os profissionais de carne e osso deveriam desenvolver habilidades como o pensamento analítico, a capacidade criativa, a análise e a resolução de problemas.

Embora o momento atual ainda seja de recessão econômica, oportunidades de trabalho estão sendo criadas à medida em que a vacinação alcança patamares maiores e os índices epidemiológicos da doença estejam sendo controlados. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil fechou o mês de agosto de 2021 com queda de 13,2% na taxa de desemprego, representando um total de 13,7 milhões de desempregados.

Mas se por um lado as transformações apresentam a oportunidade de criação de novos nichos de mercado e emprego, por outro, esbarram na falta de mão de obra qualificada para acompanhar esse movimento. De acordo com o FEM, a maioria das empresas entrevistadas (55,4%) observa lacunas de competências nos profissionais de seus respectivos mercados, o que prejudica a adesão de novas tecnologias.

Habilidades em alta 

O relatório do FEM cita as habilidades que devem ser desenvolvidas pelos profissionais para acompanhar as mudanças no mercado de trabalho. Na lista estão: pensamento analítico e inovação; persuasão e negociação; aprendizagem ativa e estratégias de aprendizado; análise e avaliação de sistemas; resolução de problemas; foco no cliente; pensamento crítico; criatividade; liderança; inteligência emocional; raciocínio lógico; programação; uso, monitoramento e controle de tecnologias; entendimento da experiência do usuário; resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade.

O documento também orienta que as empresas, além de abrirem vagas para a contratação de profissionais que atendam às novas demandas, devem oferecer capacitações para desenvolver as habilidades dos funcionários que já integram seus quadros. Na avaliação do FEM, quem realizar esse trabalho de qualificação da equipe estará à frente em competitividade.

Como desenvolver as habilidades

Investir na certificação em Lean Six Sigma é uma alternativa tanto para os profissionais que buscam desenvolver essas habilidades, quanto para as empresas que querem requalificar os funcionários. A metodologia propicia uma visão sistêmica para a elaboração e a implantação de ações contínuas de melhorias.

O profissional certificado aprende a analisar dados, criar soluções, conduzir projetos e liderar equipes. Ao longo do curso são trabalhadas habilidades como pensamento crítico e analítico, criatividade, raciocínio lógico, dentre outras.

Há diferentes tipos de certificação em Lean Six Sigma, portanto, é necessário avaliar qual irá melhor atender os interesses do profissional ou da empresa. Quem busca o conhecimento básico pode optar pela White Belt.

Se a intenção é participar e oferecer suporte para projetos de melhoria contínua, a certificação Yellow Belt é a mais indicada.

Já a Green Belt é direcionada para liderar equipes e resolver problemas.

Há, também, a Black Belt, que oferece um conhecimento mais avançado para a demanda por soluções mais complexas.

Diferencial

A expectativa pela recuperação da empregabilidade no Brasil é grande, assim como a concorrência. Neste contexto, a qualificação pode ser um diferencial para a conquista da reinserção e/ou recolocação no mercado de trabalho.