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Leandro Heringer

Coluna de Leandro Heringer – Vale da Esperança

O Vale do Jequitinhonha, mais uma vez, encontra-se diante de propostas e promessas de um futuro melhor. O trocadilho com o Vale Silício, área de inovação e riqueza, localizado no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Com grande concentração de grandes empresas, a região possui destaque mundial em produção de materiais ligados à tecnologia.

O silício é material básico para a produção de transistores para chips, células solares e em diversas variedades de circuitos eletrônicos. Importante ressaltar que não foi feita apenas a mineração do produto, mas criado um polo que trabalha para além da matéria-prima.

Para o “Vale do Lítio” modificar, definitivamente, a realidade do Vale do Jequitinhonha, é necessária a viabilização de rede envolvendo poder público, iniciativa privada, Essa chamada “tríplice hélice” da gestão do conhecimento favorece e potencializa gestões ligadas à inovação.

A extração mineral, embora seja grande fonte de riqueza, por si só apresenta pouco potencial de mudança social. Os impactos ambientais, sociais e econômicos são visíveis. Uma comparação para exemplificar a importância da oportunidade em criar um vale de inovação em Minas. O preço do quilo do lítio, material para fazer baterias, por exemplo, é em torno de 30 euros, cerca de 160 reais. Uma bateria solar de lítio custa em torno, de 1600 reais.

Aliar a matéria-prima a processos de inovação, desenvolvimento e pesquisa tem potencial para transformar a região em uma referência de tecnologia. Ações para capacitação, preparo e aproveitamento de profissionais dos munícipios do Vale são estratégicas nesse novo contexto. Muitas vezes, esperanças foram levantadas. Algumas resultaram em frustrações. Que o Vale do Lítio não seja só a esperança do Jequitinhonha, mas a transformação no Vale da Esperança.

Leandro Heringer