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África – ONU distribuirá alimentos para 1 milhão em áreas sob quarentena pelo ebola

A ONU anunciou nesta terça-feira que se prepara para garantir o abastecimento de alimentos para um milhão de pessoas em quatro localidades de Guiné, Serra Leoa e Libéria, as quais as autoridades declararam quarentena devido à epidemia do vírus ebola.

A medida governamental se aplica em áreas fortemente afetadas pelo ebola e onde se observa uma transmissão regular do vírus, que, desde o último mês de março, quando foi detectado, já causou a morte de 1.229 pessoas.

As localidades sob quarentena são as de Gueckedou, na Guiné; Kenema e Kailahun, em Serra Leoa, e Foya, na Libéria.

Em Genebra, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fadela Chaib, disse que o objetivo desta ação é “reduzir a possibilidade dos infectados levarem a doença para fora de suas comunidades”.

A OMS e o Programa Mundial de Alimentos, os braços sanitário e humanitário das Nações Unidas, respectivamente, coordenam a distribuição de alimento nessas regiões em benefício de um milhão de pessoas.

Os habitantes das quatro áreas em quarentena não podem sair delas e se deslocar por outras partes do país – a fim de reduzir o risco de transmissão do vírus -, o que significa que os mesmos têm oportunidades limitadas de conseguir alimentos, água e outros itens básicos.

A ajuda da ONU tentará atenuar a escassez de alimentos, fato que poderia gerar eventuais situações de tensão ou violência.

África - ONU distribuirá alimentos para 1 milhão em áreas sob quarentena pelo ebola
África – ONU distribuirá alimentos para 1 milhão em áreas sob quarentena pelo ebola

No entanto, o porta-voz da OMS não pôde confirmar se estes alimentos serão suficientes para todos os habitantes das quatro regiões reunidas e nem se Forças Armadas serão desdobradas para evitar que os habitantes saiam delas.

Chaib lembrou que o estabelecimento desta limitação foi articulado pelo Comitê de Emergência da OMS, que, no último dia 8 de agosto, declarou o surto do ebola como uma emergência de saúde pública internacional.

A recomendação se dirigia especificamente à Guiné, Libéria e Serra Leoa, que concentram a grande maioria de casos.

Por outro lado, a OMS insiste em que não são necessárias as restrições de viagens e comércio internacionais com os países afetados.

Neste aspecto, para detectar rapidamente qualquer caso suspeito de ebola, a organização aconselhou os países a controlar a temperatura de todas as pessoas em aeroportos internacionais, portos e postos fronteiriços terrestres de importância.

A OMS comunicou hoje que, além dos 1.229 mortos pelo ebola, há 2.240 pessoas infectadas.

Entre quinta e sábado passados, 84 mortes forem registradas nos quatro países, onde 113 novos casos também foram registrados.

O surto do ebola foi detectado em março na Guiné, onde a situação era a mais preocupante. No entanto, atualmente, o vírus se prolifera com maior velocidade na Libéria, que acumula 466 mortos e 834 casos registrados.

Na Nigéria, onde a situação supostamente se encontra sob controle, quatro mortes e 15 casos foram registrados até o momento.

Agência EFE