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Montes Claros - Passeata em Montes Claros marca o Dia da Luta Antimanicomial - Foto: Daniel Moraes
Montes Claros - Passeata em Montes Claros marca o Dia da Luta Antimanicomial - Foto: Daniel Moraes

Montes Claros – Passeata em Montes Claros marca o Dia da Luta Antimanicomial

Foi realizada, na manhã desta quarta-feira, 18 de maio, uma grande passeata em Montes Claros, como forma de chamar a atenção para o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, quando pessoas portadoras de sofrimento mental e profissionais da área clamam por tratamentos humanizados na área de Saúde Mental.

O evento desta quarta-feira foi promovido pela Prefeitura de Montes Claros, através da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde. A passeata saiu da frente da Prefeitura, onde ocorreu a concentração, e percorreu diversas ruas da cidade, até chegar na Praça Dr. Carlos. Participaram centenas de pessoas, entre profissionais da área de Saúde, estudantes e professores do curso de Psicologia.

Montes Claros - Passeata em Montes Claros marca o Dia da Luta Antimanicomial - Foto: Daniel Moraes
Montes Claros – Passeata em Montes Claros marca o Dia da Luta Antimanicomial – Foto: Daniel Moraes

 

Segundo a coordenadora de Saúde Mental do município, Aparecida Rosângela Silveira, Montes Claros tem experimentado grandes avanços recentes, no que diz respeito ao atendimento a pessoas portadoras de sofrimento mental. Entre os avanços, ela cita o fato do CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) e do CAPS TM (Transtorno Mental) terem passado a operar 24 horas por dia, sete dias por semana; a criação do CAPS Infantil; a abertura de uma Unidade de Acolhimento para  Adultos, voltada para dependentes químicos; ampliação do Serviço Residencial Terapêutico, que oferece moradia para pacientes com transtorno mental sem vínculos familiares; a construção, ainda em andamento, de quatro novas Unidades de Acolhimento; o apoio de psiquiatras da rede municipal à Estratégia de Saúde da Família, no suporte ao atendimento de pacientes com transtorno mental e dependentes químicos; a criação do ambulatório psiquiátrico infanto-juvenil; e a ampliação do ambulatório psiquiátrico da Policlínica Ariosto Corrêa Machado.

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Robson Xavier da Silva está lutando contra a dependência de bebidas alcoólicas, e para isso conta com o apoio da rede de assistência do município. Ele, que tem 58 anos, está recebendo tratamento na Unidade de Acolhimento para Adultos. “Parei de beber há nove meses. Sou atendido por uma equipe que conta com psicólogo, psiquiatra, clínico geral e assistentes sociais. Dá resultado”, afirma.

Simone Monteiro Ribeiro é coordenadora do curso de Psicologia de uma faculdade particular da cidade. Ela explica que o Movimento Antimanicomial almeja o “tratamento humanizado para os portadores de sofrimento mental. É uma luta de todos, que busca o fortalecimento dos serviços de Saúde Mental em substituição ao manicômio, incentivando a socialização dos pacientes e incluindo o apoio às famílias”.

Lucas Silva Alencar, acadêmico de Psicologia de outra faculdade particular, explica que um dos principais argumentos contra a existência dos manicômios vem do ocorrido no município de Barbacena, onde morreram mais de 60 mil pacientes internados no hospício local, entre os anos de 1900 e 1980, sendo que muitos deles nem mesmo possuíam transtornos psíquicos comprovados, mas eram apenas pessoas que viviam à margem da sociedade. “Existem muitas opções para o tratamento de transtornos mentais”, destaca.