Coluna do Adilson Cardoso – Batráquios Assassinos Gemidos ecoavam das fendas que se abriram no chão da cozinha. Pelas rachaduras do teto era possível ver a lua cheia se apagando lentamente. Pessoas já falecidas faziam o jogo dos copos na mesa do café, seu amigo assassinado há pouco, tinha um buraco na cabeça, mas batia palmas com um mão faltando alguns dedos. Quando os copos giraram, …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Aos Cuidados de Márcia
Coluna do Adilson Cardoso – Aos Cuidados de Márcia Nem sempre saímos de casa com o humor que a luz do dia merece, como também não é todo dia, em que um envelope endereçado a Márcia, cai em nossas mãos e desarticula nossos planos. Em um desses dias de uma estafante semana, passei na loja de piratarias de um shopping …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – O Louco homem da lei
Coluna do Adilson Cardoso – O Louco homem da lei O Louco homem da lei A primeira página do jornal estampava na banca, “Assaltante rouba bolsa de prostituta no centro da cidade”, na segunda página outra noticia, “Bandido leva celular de estudante em ponto de ônibus”. A página que deveria ser de cultura estava ocupada, “Homem de capuz assalta policial …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Dona Augusta
Coluna do Adilson Cardoso – Dona Augusta Ouvidos atentos absorvendo as primeiras noticias do rádio naquela manhã de quarta-feira. O locutor se indignava. — Não é possível, não é possível! O sol acaba de raiar e mais uma pessoa de bem perde a vida! Desta vez uma senhora, uma senhora minha gente! Que saiu de casa para comprar o pão …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Fogo na Pista
Coluna do Adilson Cardoso – Fogo na Pista A velocidade era alta e constante, o Caminhão Baú trepidava sobre a via deficiente, o motorista segurava firme no volante, o pequeno crucifixo balançava no quebra-sol. Os perseguidores estavam mais próximos, o passageiro com parte do tronco do lado de fora tentava atingir os pneus, mas a bala ricocheteava. — Filho da …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Uma estranha carta ao velho Noel
Coluna do Adilson Cardoso – Uma estranha carta ao velho Noel Há quatro anos, participo de um grupo que adota cartinhas do correio, endereçadas ao Papai Noel. Enviamos os presentes, mas aquela que mais chama atenção separamos para falar pessoalmente com o emissário, neste ano havia uma endereçada do presídio regional, o autor é um reeducando de trinta e oito …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – O Salvador de Gatos
Coluna do Adilson Cardoso – O Salvador de Gatos — Você ouviu? acabei de espirrar! – Disse ela. — Sim, ouvi! – respondeu ele olhando pela janela e vestindo a camisa. — É só isso? — Como assim Isa? — Como assim que quando aquela peito de silicone estava aqui no domingo, eu ouvi você dizendo “Saúde” quando ela espirrou! …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Reflexão sobre nada ( Surrealismo)
Coluna do Adilson Cardoso – Reflexão sobre nada ( Surrealismo) Quero fazer um elogio a nada. Nada de agradecimento até que nada aconteça. Nada poderá mudar esta momentânea experiência da imersão no fundo deste lago surrealista. Nada que fizerem nesta fração de tempo miúdo, extrairá deste vácuo imperativo qualquer segredo a respeito da verdade corrosiva, que se diluiu dentro desta …
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Coluna do Adilson Cardoso – Amargas Promessas (parte ll) Um baixinho de terno fumando charuto interceptara-me apontando para um dos quartos em que uma loira gorda mostrava os peitos, entrei impaciente olhando para os lados e reconheci um dos Peruanos do dia anterior, me fitava de cima em baixo com os braços cruzados, assim que passei, a porta se fechara …
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Coluna do Adilson Cardoso – Amargas Promessas (Parte l) Clinica de repouso mental Normando Ipiranga dizia a placa em vermelho e preto. A fila era longa, faltavam quinze minutos para ás quatorze horas, o porteiro pedia documentos de forma robótica como se falasse com máquinas de refrigerantes, ao seu lado um vigia gordo de uniforme azul e olhos inchados, característicos …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Refugio Mental
Coluna do Adilson Cardoso – Refugio Mental Quando era criança brincava de ser adulto, dizia que era o pai, pegava no volante (tampa de panela) e saia dirigindo para o meu trabalho. Por vezes deixava de ouvir o que o amiguinho ao lado estava dizendo por achar o papo chato e sem emoção. Curiava os adultos, a vontade de crescer aflorava dentro …
Leia Mais »Coluna do Adilson Cardoso – Segredos do Morro de cima
Coluna do Adilson Cardoso – Segredos do Morro de cima Era uma tarde mansa de janeiro. Ano de 2005, feliz por rever tudo aquilo, já que das minhas ultimas quatro férias não sobrara tempo para visitar meus avós, ambos atravessando a faixa dos 80, mas lúcidos e acolhedores. Após abrir a cancela era possível sentir o cheiro das boas lembranças invadir as …
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